Cultura

CRÔNICA: Semelhança do mexica Ramón com editor do BJÁ é coincidência

Natural de Mérida, Ramón seria bem de vida com vendas de gauyaberas
Tasso Franco , da redação em Salvador | 13/01/2015 às 11:43
Quem puder ajudar a Ramón que ajude e deixe de gozação com o cara
Foto: BJÁ
    Alguns leitores deste Bahia Já têm enviado mensagens falando sobre o mexicano Ramón, o qual andou com uma cuia de queijo Palmira pedindo ayuda para retornar ao seu país, posando para uma foto numa praia do Litoral Norte da Bahia, afirmando que o tal seria o editor chefe deste site.

   Ora, ora...nobres leitores, queridissimas leitoras, um não tem nada a ver com o outro até porque, o editor em tela é natural da Serra; enquanto o mexica, até onde nosso repórter Agapito Olho de Vrido conseguiu apurar é natural de Merida, Sul do México, portanto noutra parte do mundo.

   Eles podem até ser parecidos, o que é natural porque quando Deus criou o mundo repetiu algumas formas, dada a pressa da operação, e fez com que, algumas pessoas se pareçam com outras. Tanto que, Clarindo Silva é assemelhado a José do Patrocínio; Isabela Pastore a Sarita Montiel, 'la violetera'; doutor Bomfim imita bem el monsenhor Sadock; Vovô do Ilê tem a forma de Steeve Wonder; Sérgio Grossman é a forma de Pinduca; e o que tem de gente parecido com Jesus Cristo, o cabeludo, não está no gibi.

   Entonces, o mexicano Ramón pode se parecer com nosso editor, mas cada qual no seu cada qual, e se o mexica é cantante, toca guitarra e é bom de piada, dar boas risadas quando em conversa; nosso editor mal sabe tocar berimbau e só dá duas risadas, no máximo, nos dias de sexta-feita, isso quando está de bom humor.

   A informação que temos passada por 'Olho de Vrido' é que el mexicano andou neste final de semana na praia de Buraquinho, comprou dois quilos de arraia na tenda de Sêo Tourão, o vendedor de peixe mais afamado do local, e esteve numa residência nas cercanias do Rio Joanes saboreando o pescado com muita cerveja e ices vodckas. 

   Pelo visto esse mexica deve ficar por acá até o final da temporada de verão, uma vez que, basta um estrangeiro pisar na terra da Bahia fica logo abençoado, é capaz de já ter ido no terreiro de dona Mirinha do Portão, hoje, administrado por sua neta, jogado capoeira com o grupo de artistas de Abrantes e comido a moqueca de dona Célia, a rainha das moquecas da Estrada do Coco.

   Não duvide esse camarada descer pra Salvador e se tornar um "Dendê no Sangue", aquelas figuras que veem de fora, especialmente do Rio e SP para se aproveitarem do Carnaval e do Verão da capital baiana e que fazem juras de amor, 'amam a Bahia', mas, só nessa época. 

   Chegou a quarta-feira de cinzas neguinho de manda de volta para o Sul Maravailha com os 'bolsos cheios' e só retornam no próximo ano, com mais juras.

    Pelo arriar das malas, Ramón não é um desses até porque sua cuia de queijo estava vazia e não tem muito o que vender por acá, ainda que, teve um camarada que frequenta a barraca de Sêo Cori, em Vilas do Atlântico, que sugeriu a ele trazer sombreros para vender no Carnaval e achou uma boa ideia.

    De repente, né, pode dar certo ainda que pular atrás do trio com um daqueles sombreros enormes não seria nada confortável. Também sugeriram ao mexica que o melhor é ele ficar no Litoral Norte curtindo o verão, pois, a praia ainda é de graça, paga-se o que se consome em bebidas e quem sabe, com sua cuia de queijo cantando 'Cielito Lindo' e 'Malaguena Salerosa' de barraca em barraca se torne uma atração turística e possa ganhar algum capitlé.

   Pode também armar uma tenda de fotos para aparecer ao lado de crianças no Buraco da Velha, a barraca que enche de crianças todos os dias, em Vilas, e com sua cuia e maracas, juntar ainda mais grana.

   Agora, tem umas pessoas que ficam zombando do mexica, dizendo que ele comeu todo queijo e vive a beber Heinekeen na praia, que ele é um milionário de Merida, que é dono de uma cadeia de lojas que comercializa guayabera para toda a América Latina, e que o camarada faz gênero e mereceria mesmo era um 'caldo' nas ondas do mar para deixar de ser gozador, deixar de fica curtindo com a cara das pessoas.

    Tanto que uma tal de Débora de Iansã, a tal que diz que roda a baiana pra valer, conhece o camarada lá do México, pois esteve na terra dele num ritual xamântico e sabe que ele é muito conhecido em Merida, e fez foi gosação quando viu a foto dele no Facebook com cuia em mãos e usando uma expressão muito antiga na Bahia 'o Deus lhe favoreça' toda vez que um ceguindo pede uma esmola na feira.

   Então, peço a vocês que não enxovalhem o mexicano, o tal é gente boa, mas também não queiram ver nele uma semelhança com nosso editor. Quem puder ajudar a encher a cuisa do 'home' de 'nicas' que ajude.