Cultura

ERMIDA DA GRAÇA onde está sepultada Catarina Paraguaçu é restaurada

Igreja fica localizada no bairro da Graça
Tasso Franco , da redação em Salvador | 02/01/2015 às 12:11
A ermida da Graça - mosteirinho beneditino - é a igreja mais velha de Salvador
Foto: BJÁ
   O Ministério da Cultura - através da Lei Rouanet - promove com o BNDES o restauro da ermida de Nossa Senhora da Graça, proposta do Mosteiro de São Bento da Bahia - proprietária do imóvel - onde estão sepultados os restos mortais de Catarina Paraguaçu, a mãe do Brasil.

   Este é o templo, do ponto de vista histórico, o mais importante da história de Salvador, o primeiro erguido ainda como capela em 1529, antes das Capitanias Hereditárias e do governo de Tomé de Souza, graças ao casal Diogo Álvares (Caramuru) e sua esposa Catarina Paraguaçu, uma tupinambá com quem se casou na França, em 1528, levados pelo navegador francês Jaques Cartier.

   É uma história belíssima - quem tiver interessado em mais detalhes pode adquirir meu livro Catarina Paraguaçu, a Mãe do Brasil, Relumé, pela Cultura, Saraiva, etc - via internet -  e quando da morte de Catarina ela doou a sesmaria dada por Dom João III ao casal para o Mosteiro de São Bento.

   Trata-se, também, de uma longa história, uma vez que Diogo Álvares morreu antes dela e seu corpo está sepultado na Catederal da Sé, que é jesuita. Como os beneditinos sensibilizaram Catarina, à beira da morte, passar a sesmaria - inclua áreas do atual Chame Chame e Graça - aos beneditinos?

   O certo é que a igreja da Graça é um mosteirinho beneditino e foi o proimeiro templo católico erguido em Salvador. O casal Diogo e Catarina moravam na Barra, atual área da familia Clemente Marini, e o que teria se passado com ele (Caramuru) no Rio Veremelho é apenas uma lenda.

   Toda a história do casal que negociava madeira com os franceses está concentrada entre a Barra e a GRaça. Com a chegada de Tomé de Souza, Caramuru ajudou na fundação da cidade. (TF)