Cultura

Obras de artistas do Pelourinho abrem temporada da Casa do Benin

Espaço foi reinaugurado nesta quinta-feira (3) e já está aberto à visitação do público de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h
Agecom , Salvador | 04/12/2014 às 15:36
Casa do Benin fica no Pelourinho
Foto: Max Haack
Um dos mais importantes equipamentos culturais e de resgate da cultura afrobrasileira em Salvador, a Casa do Benin já está aberta à visitação do público gratuitamente na Rua Padre Agostinho Gomes, Pelourinho, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h. A estrutura, que foi completamente recuperada pela Prefeitura do Salvador, traz na estreia das exposições temporárias do espaço “A Casa do Benin no Olhar do Artista do Pelourinho”, sob a curadoria do morador e artista Frank Bahia e que reúne diversas obras de moradores e artistas radicados no Centro Histórico. A mostra pode ser conferida até o dia 3 de fevereiro, na Sala Lina Bo Bardi, no 1º andar.

Além da estrutura totalmente recuperada, os visitantes também poderão apreciar a exposição permanente com obras catalogadas por Pierre Verger no Espaço Museal,no andar térreo. No segundo andar, funciona o auditório Gilberto Gil, com capacidade para 60 pessoas. Já no anexo tem o Espaço Gourmet Ilê Nagô, um palco para pequenos shows, além do terraço que pode ser utilizado para reuniões de cunho artístico.           

Reinauguração – A reinauguração da Casa do Benin foi marcada por uma cerimônia realizada na noite desta quinta-feira (3) com o descerramento da placa pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, e pelo embaixador do Benin, Isidore Monsi. Também estavam presentes na ocasião o secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura (Sedes), Guilherme Bellintani, o presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro e o cônsul do Benin, Marcelo Sacramento.

O prefeito ACM Neto destacou a estreita relação de Salvador com o continente africano, devido às tradições trazidas pelos escravos ao território soteropolitanos, e que cumpre a rigor com o que aprendeu há séculos passados. “A Casa do Benin pretende ser, ainda, mais um importante local de divulgação da cultura africana no Brasil, atraindo turistas do Brasil e do mundo”.

Ao som do cantor Dão Anderson e o grupo Aspiral do Reggae, o embaixador Monsi aproveitou para matar as saudades do acarajé e ressaltar a satisfação pela recuperação do espaço. “Somos um povo irmão, existem muitas coisas parecidas em Salvador e no Benin. Fico feliz em perceber que o trabalho das autoridades também privilegia nossa cultura”, disse.

As intervenções na Casa do Benin duraram cerca de sete meses, com investimento municipal de R$ 320 mil. O local passou por reforma nas paredes, azulejos e piso, além da reabilitação das estruturas de concreto atingidas por oxidação, do tabuado de madeira, da alvenaria aparente e das grades e balcões, entre outras melhorias.


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