Cultura

NAÇÃO tricolor foi em peso a lançamento livro de Nestor sobre o Bahia

Aconteceu ayer na Area Fonte Nova
Tasso Franco , da redação em Salvador | 27/11/2014 às 10:40
Jornalista autografou centenas de livros na Arena Fonte Nova, ontem à noite
Foto: BJÁ
 Torcedores do Bahia se emocionaram no lançamento do livro do jornalista Nestor Mendes Jr "Nunca Mais!  25 Anos de luta pela Liberdade no Esporte Clube Bahia quando a maestrina Sônia Oliveira, da Filarmônica Lira Maracangalha, de São Sebastião do Passé, executou o hino do Bahia, na Arena Fonte Nova, ontem, à noite.

  Foi um lançamento e tanto, apesar de Antonio Moreira, um dos primeiros a chegar, reclamar que não houve um petisco e só a cervejota Itapiava. Faz parte do show. E Nestor, recebeu os amigos e leitores com documentação fotográfica de Antonio Queiroz e serviços de receptivo de Isabela Pastore e dez "isabeletes" vestidas com o uniforme do Bahia.

  Diria que Mendes Jr cansou a mão de tanto autografar em noite belissima na Arena Fonte Nova. O livro tem apresentação de Juca Kfouri, conta a história de 25 anos do movimento político de oposição que culminou, em 2013, na derrocada do grupo de cartolas que comandava o Bahia desde a década de 1970. O lançamento da obra está marcado para o dia 26 de novembro, às 18h30min, na Itaipava Arena Fonte Nova. O preço de capa será de R$ 19,90.

  O título da obra foi tomado por empréstimo dos versos do Hino ao Dois de Julho, de Ladislau de Santos Títaro: “Nunca mais o despotismo /Regerá nossas ações/ Com tiranos não combinam /Brasileiros corações”. “A letra do Hino da Independência da Bahia reage a um governo sem leis, em que só uma pessoa possuía o direito de governar e a população não podia nem se manifestar. A mesma coisa acontecia no Bahia. E, posso garantir que, nunca mais, depois da democratização, o Bahia será o clube de um dono só”, explica Mendes Jr.

 Fundado em 1931, o Esporte Clube Bahia conta com uma das torcidas mais apaixonadas do Brasil. Foi o primeiro campeão brasileiro, em 1959, repetindo o feito em 1988. Clube de massas, popular, contudo, em mais de 83 anos de existência, o Bahia nunca foi democrático.

O marco da luta pela democracia – uma batalha política renhida deflagrada nos bastidores do clube - é o Movimento de Renovação do Bahia, de 1989, justamente no ano da conquista título de Campeão Brasileiro de 1988 – em decisão que ocorreu no dia 19 de fevereiro de 1989, contra o Internacional, no Beira Rio. 

“Durante toda essas décadas após o Bi-Brasileiro, houve uma incontida insatisfação entre os cardeais tricolores, no Centro de Treinamento do clube, o Fazendão, e em parte da torcida, contra o personalismo de Paulo Maracajá. As conquistas do hepta no Campeonato Baiano e do Campeonato Brasileiro de 1988  criaram a nuvem de fumaça que encobriria a verdadeira realidade do clube de um dono só, sem planejamento e sem qualquer visão de futuro”, conta Mendes Jr.