Cultura

MORRE o mais antigo seresteiro de Serrinha, o popular ZÉ MARTINS, 82a

Seu sepultamento foi hoje, na Serra
Tasso Franco , da redação em Salvador | 26/08/2014 às 19:03
Zé Martins "crooner" da Orquestra de Azevedo na ACS, 1961
Foto: DO AUTOR
   Morreu e foi sepultado em Serrinha nesta terça-feira, 26, o cantor de serestas mais popular da cidade, José Martins de Araújo, aos 82 anos de idade. Ex-servidor aposentado da Coelba. Zé Martins, como era mais conhecido iniciou-se na profissão de músico em 1940 no conjunto "O Sereno da Madrugada", onde tocava pandeiro ao lado de Tote (cavaco), João Atanázio (violão) e Bié (surdo e vocal).

   Em 1948 ingressou na Orquestra de Azevedo e estreou no Carnaval cantando a marchinha "Daqui não saio, daqui ninguém me tira..." nos bailes da 30 de Junho, prédio da filarmônica.

   De pandeirista foi promovido a baterista e cantor. Formou o conjunto "Os Graúnas" e integrou a orquestra "Os Turunas", de Alagoinhas, na década de 1960. Ingressou na Coelba em 1965 e montou a "Charanga de Zé Martins" para animar o Carnaval da Serra.

   Mas onde fez mesmo sucesso foi na Orquestra de Azevedo, nos carnavais do Clube, a ACS. Inveterado boêmio, já passando dos 70 anos fundou uma Casa de Seresta, no antigo Bar de Rubens. 

   Por graça do destino morava na rua próxima ao clube. Nos últimos anos sofria de um câncer de prostata. Hoje, deu adeus a Serra. Mas, fica na memória dos serrinhenses, especialmente a turma da velha guarda.