Cultura

CÉSAR ROMERO E HARRY LAUS na 3ª BIENAL DA BAHIA, na terça

O artista baiano Cesar Romero reúne trabalhos ainda inéditos na Bahia, como pinturas, desenhos e fotografias.
Secult , Salvador | 28/07/2014 às 10:32
Obra de César Romero
Foto: DIV
Com pinturas, desenhos e fotografias, o artista plástico César Romero faz reverência ao escritor e crítico catarinense Harry Laus (1922-1992) na exposição que monta pela 3ª Bienal da Bahia e que será aberta no Museu de Arte Sacra no próximo dia 29 de julho. Uma das ações do evento realizado pela Secretaria da Cultura do Estado da Bahia (Secult – BA), a montagem pode ser vista de 29 de julho até 7 de setembro e faz parte do Museu Imaginário do Nordeste - Departamento da Insistência Afetiva. Seção Imateriais. Um espaço do programa foi reservado para apresentar ao público fotos, livros, artigos e textos do catarinense.

“Harry foi o crítico de arte mais importante do Brasil em sua época”, define Romero, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) e colunista de arte em diversos jornais. Na mostra, o baiano de Feira de Santana reúne desenhos com lápis aquarelados, fotos de festas de largo e quatro pinturas de uma série dos anos 1980 que ele exibiu no Museu de Arte Moderna de Joinville, na época em que o espaço era dirigido por Harry Laus. Todas são peças que o autor ainda não havia exposto na Bahia e que agora são reunidas para expressar o orgulho do amigo de mais de duas décadas.  

César registra que Harry, que era também tenente coronel reformado do exército, tinha muito tempo para ler e escrever, o que fazia em quatro idiomas. “Eu aprendi muito no tempo da nossa amizade”, narra ele, que tem todos os livros publicados pelo escritor, inclusive dois póstumos, além de uma coleção de 38 fotografias e uma extensa correspondência, trocada entre os dois.

Tradução francesa

A curadoria da mostra do Museu de Arte Sacra é de Marcelo Rezende, diretor do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) e curador chefe da 3ª Bienal da Bahia. Quando era estudante em Paris ele leu, em tradução francesa, o romance Os Papeis do Coronel, de Harry Laus, e desde então tornou-se seu admirador.

O escritor ainda desenvolveu novelas e contos como Monólogo da Provação, Os Incoerentes, Monólogo de Uma Cachorra Sem Preconceito e De Como Ser. Como crítico de artes atuou nos jornais Correio da Manhã, Jornal do Brasil e revista Veja.