Cultura

DOM FRANQUITO se despede do México no Cejas de Cancún e sus camarões

Diz-se, em Cancún, que é o local onde se servem os melhores camarões del caribe mexicano
Dom Franquito , da redação em Salvador | 13/06/2014 às 09:21
Camarão a diabla, no En ceja, como el diablo gusta
Foto: BJÁ
   Chega ao final nossa marotona gastronômica e cultural ao México após visitar sete cidades, seis sitios arqueológicos e nove restaurantes. 

   The End agradável no paraíso caribenho de Cancún, uma língua de terra cercada por águas do Golfo do México e da Lagoa Nichupté, balneário que reúne num espaço de pouco mais de 20km lineares uma rede de hotéis internacionais, muita gente bronzeada querendo mostrar o seu valor com seus silicones empinados e um ótimo lugar para relaxar, descansar, curtir a natureza marinha, especialmente para aqueles que praticam algum tipo de esporte dessa naturaleza.

   Local também ideal para paquerar. Há várias casas noturnas na Plaza Forum, uma mini Las Vegas, com bares, restaurantes, discos e jovens e coroas bem assanhados (as), com seus looks da noite mais surpreendentes.

   É uma localidade antiga descoberta pelo espanhol Francisco Hernández de Córdoba, em 1517, ao chegar a Península de Yucatán, pero, sua história turistica recente data dos anos 1970 quando um grupo de banqueiros internacionais resolveu implantar um balneário com grife internacional nesta localidade, agora se estendendo, também, para a Riviera Maia. 

   Dez anos depois de iniciados os investimentos um terremoto quase põe tudo por água abaixo, mas, houve resistência, perseverança, e, hoje, Cancún é um dos melhores resortes do mundo de forma integrada. Rivaliza-se com outros centros, como as Baleares, na Espanha; Punta Cana, em Santo Domingo, e assim por diante.

   Vale! e como vale Cancún, a porta do paraíso. Tudo é alegria, vida, bom humor, música, um lugar feito para esquecer quaiquer problemas. 

   E a população local que trabalha nesses hotéis, restaurantes, tendas de artesanato, ônibus, táxis, tem consciência e age com um atendimento primoroso. Os ônibus que servem as rotas 1 e 2 na localidade são verdadeiras danceterias com som sempre alto e música caribenha, especialmente a mexicana e a colombiana.

   Detalhe: o turista pode pegar um desses buzus, qualquer hora do dia ou da noite, sem medo de ser assaltado. Os ônibus são circulares e rodam 24h. Você pode sair de uma das danceterias do local por volta das 3/4h e pegar um buzu. Segue dançando até o hotel porque os ônibus são enfeitados com luzes e muita música.

   ​Num local desses a melhor pedida é usar os restaurantes dos hotéis que são muito bons. Mas, não tem aquela vida popular, não tem o cheiro da localidade. São práticos e ótimos para um café da manhã e até para um almoço tardio em bufet à beira mar bebericando uma gelada. E são dezenas: do Iberoestar ao The Westin Resort e Spa.

   Daí que yo e la señora Bião de Jesus optamos por conhecer o El Cejas, la autentica chiquita del carbibe, situado no Mercado 28, um centro comercial bem popular onde se juntam turistas aos nativos, um pouco mais de locais do que de turistas, e nos sentimos como se estivessem num comparativo com Salvador, no Mercado Modelo, ainda que o MM seja mais bonito.

   El Cejas funciona desde 1987, lá se vão quase 30 anos, e diz-se que em Cancún é o local onde se come os melhores camarões. Um burburinho de gente, música, correria de garçons, tudo a ver com um restaurante popular,  sempre cheio.

   Claro que num lugar desses além da marguerita e nacos/tacos com abacate e pimenta de entrada, o que é quase uma religião no México, seguimos a nossa trilha yo solicitando ao nobre garçom Acevedo um camarão a diabla com salsa picante e arroz; e la señora Bião um arroz de camarão. Adicionamos ao nosso pedido a Montejo, long-neck beer mexicana produzida desde 1990, passável.

   Bien, de quebra, contratamos por duas músicas um duo de harpista e violeiro para cantar ao pé de nossa mesa las músicas Paloma Negra e Cielito Lindo. Romântico. Tirei até uma de regente gesticulando com las manos e cantando junto o refrão de Cielito Lindo.

   Empolguei-me. Pedi uma tequila Cuervo clássica. Maravilha com tudo que se tem direito, uma pitada de sal e limão.

   O camarão da señora Bião chegou primeiro que o meu. Fiquei com injeva e cobrei de Acevedo o dibla. 

   - O seu prato é ardiloso, mais demorado de fazer, pero, está a caminho, respondeu-me.

   Em instantes chegou à mesa, como diria no popular, "como o diabo gosta". Põe ardiloso nisso. Fui socorrido com mais Montejos, foi a "solucionática" para abrandar o ardor.

   Delicosos estaban, és verdad, pero, una puerta del inferno de Dante.

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El Cejas Restaurante e Cocteleria
Mercado 28
Fone (998) 8840401
elcejas298@hotmail.com
Camarão a diabla R$35,00
​Arroz com camarão R$25,00
Use o ônibus da Roda 2 (R$1,30)
De preferência pague em efetivo
O local tem boas lojas de prataria autêntica
Tem artesanato de todo tipo