Pela primeira vez em Salvador, a Anti Status Quo Companhia de Dança apresenta o espetáculo Cidade em Plano, de 20 a 22 de junho, no Teatro Vila Velha
Carolina Campos , Salvador |
10/06/2014 às 11:32
De 20 a 22 de junho no Vila Velha, espetáculo Cidade em Plano
Foto: DIV
Depois de passar por Curitiba e Recife, em sua turnê nacional, a Anti Status Quo Companhia de Dança (DF), também conhecida como A.S.Q. Companhia de Dança , chega a Salvador para apresentar nos próximos dias 20, 21 e 22 de Junho, no Teatro Vila Velha, o espetáculo Cidade em Plano, seu oitavo trabalho de dança contemporânea com direção da coreógrafa Luciana Lara. Ingressos: R$ 10,00 (meia) e R$ 5.00 (inteira).
No dia 21, a coreógrafa Luciana Lara também lança o livro “Arqueologia de um Processo Criativo – Um Livro Coreográfico”, às 17 h, na Sala Principal do Teatro Vila Velha, em evento aberto ao público. Na ocasião, será realizada uma mesa redonda sobre o tema “Processos Criativos em Dança” com a participação de Lia Robatto e Cristina Castro. As apresentações e atividade formativas que a Companhia vai promover em Salvador fazem parte do Projeto de Circulação Nacional do espetáculo patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC) de 2013.
Misto de dança contemporânea com artes visuais, performance e teatro, o espetáculo Cidade em Plano surgiu da investigação da relação do corpo com a cidade de Brasília. Quatro bailarinos em cena dançam ao som de uma trilha especialmente criada para o espetáculo que constrói um cenário sonoro a partir de sons da própria cidade. A concepção da cenografia é minimalista e o figurino é feito de cartões-postais. A coreografia, às vezes, é um convite à contemplação visual, outras vezes à reflexão crítica e ao mergulho em imagens e sons.
“A incursão neste tema veio da necessidade de refletir sobre a relação do corpo com o espaço da cidade e sua influência na formação da identidade de um indivíduo”, reflete a coreógrafa Luciana Lara. A Companhia partiu do pressuposto que o espaço urbano é uma manifestação concreta da natureza dos homens, e, dessa forma, a cidade seria um vestígio de seus desejos, ambições, ideário e contradições. Brasília marcou a história do Brasil com a sua invenção, é símbolo da ambição do país de ser moderno e, construída para ser a capital do Brasil, espelha os paradoxos de nossa cultura. A pesquisa coreográfica acabou tocando, assim, em questões sobre a identidade brasileira, a política e a relação do corpo com a arquitetura e o urbanismo de Brasília.
O espetáculo estreou em 2006 na Mostra de Dança XYZ em Brasília-DF e desde então tem sido apresentado em vários festivais de artes cênicas como Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília-DF, Bienal SESC de Dança de Santos-SP, Festival Brasileiro de Teatro - Cena Distrito Federal em Campo Grande-MS, Festival Expande Dança em São Paulo-SP, etc. A Companhia acaba de voltar do FITAZ – Festival Internacional de Teatro de La Paz - Bolívia.
A trilha foi composta especialmente para o espetáculo por Valéria Lehmann, Paulucci Araújo e Pablo Patrick com colaboração do DJ Chico Aquino. O trabalho do sound designer Antonio Serralvo tornou possível a ideia de fazer da trilha um cenário sonoro. A trilha criada originalmente quadrifônica, permite que o público perceba o som se deslocando no espaço, vindo de várias direções. O cenário e o figurino minimalistas foram idealizados por Luciana Lara e Marconi Valadares. A iluminação é de Marcelo Augusto. A operação da luz é de James Fensterseifer. Concepção, coreografia e dramaturgia foram realizadas sob a direção de Luciana Lara com colaboração dos bailarinos Carolina Carret, Cláudia Duarte, Marcela Brasil, Gigliola Mendes, Aline Maria, Karla Freire, Rafael Villa, Robson Castro, Juliana Sá, Breno Metre, Paula Queiroz e Leandro Menezes. O elenco em cena é formado pelos bailarinos João Lima, Luara Learth, Valéria Rocha e Vinícius Santana.
Atividades Formativas e de Intercâmbio
Dentro da sua programação em Salvador, a Anti Status Quo Companhia de Dança também vai promover atividades formativas e de intercâmbio com inscrições gratuitas.
Workshop “Camadas de significado na dramaturgia do movimento” – 21 de junho (sábado) – das 9 às 12 horas, na Sala Principal do Teatro Vila Velha
Workshop sobre o processo criativo do espetáculo de dança contemporânea “Cidade em Plano” da Anti Status Quo Cia de Dança, ministrado pela diretora e coreógrafa Luciana Lara. O workshop, dirigido a bailarinos, coreógrafos, performers, pesquisadores, professores e estudantes de dança e artes cênicas, é composto de estratégias e metodologias desenvolvidas durante o processo de criação da dramaturgia e da pesquisa de movimento que compõem o espetáculo. Serão realizados exercícios de percepção para a criação de movimentos baseados em propostas de improvisação com o foco em construção de estados corporais através de camadas de estímulos sensórios, estados de emoção, análise e crítica do tema e reflexão sobre a relação do corpo com a cidade. Duração: 3 horas
Ministrante: Luciana Lara – Diretora e coreógrafa da Anti Status Quo Companhia de Dança, sediada em Brasília (DF). Mestre em Artes, linha de pesquisa: Processos Composicionais para a Cena. Formada em Educação Artística com habilitação em Artes Cênicas pela Fundação Brasileira de Teatro - Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. Especialização em Coreografia e Coreologia no Laban Centre em Londres- Inglaterra (2006-2008). Atua também como professora de corpo, movimento e dança contemporânea ( Universidade de Brasília -UnB, Faculdade de Artes Dulcina de Moraes e Centro de Dança do DF)
Mais informações: (71) 9168 6806 / (719186 5251 / Inscrições gratuitas através do e-mail
[email protected]
Debate: “Diálogos com a plateia – por de trás dos bastidores” - 21 de junho (sábado) – após a apresentação do espetáculo – no Teatro Vila Velha
“Diálogos com a plateia – por de trás dos bastidores” é um programa de arte-educação e de formação de plateia desenvolvido pela Anti Status Quo Companhia de Dança desde 2003, que consiste na realização de um debate de 40 minutos de duração entre público e integrantes do elenco da Companhia após as sessões de apresentações de seus espetáculos.
O debate, realizado logo após as apresentações, proporcionará a interação direta entre o público que acabou de assistir o espetáculo e os artistas envolvidos na sua criação e apresentação.
Mediado pela própria coreógrafa, diretora da Anti Status Quo Cia de Dança e arte-educadora Luciana Lara, o debate é planejado para ser conduzido de maneira informal no intuito de criar uma atmosfera que possibilite que o público se sinta à vontade e estimulado a participar. Não se trata de apenas um bate papo, pois possui uma metodologia que visa desenvolver a apreciação crítica e a fruição do espectador.
Lançamento do Livro “Arqueologia de um Processo Criativo – Um Livro Coreográfico”, de autoria da diretora e coreógrafa da Companhia Luciana Lara - 21 de junho – às 17 h – na Sala Principal do Teatro Vila Velha
O livro é uma reflexão poética, crítica e visual do processo criativo do espetáculo Cidade em Plano. Palavras e imagens foram coreografadas para fazer dançar o pensamento do leitor, estimulando a imaginação no ato de acompanhar um raciocínio de criação. A publicação inclui um DVD com o registro do espetáculo.
Evento aberto ao público inclui a apresentação do livro de Luciana Lara e a realização de uma mesa redonda sobre o tema “Processos Criativos em Dança”, composta pelas artistas da dança da Bahia, Lia Robatto e Cristina Castro. O livro será o ponto de partida para um diálogo sobre modos de criação em dança, com intercâmbio de ideias sobre imaginários, poéticas, referenciais, metodologias, estratégias de composição, noções de estética e visões de mundo e de arte. Duração: aproximadamente 45 minutos.
O público poderá participar com perguntas e considerações. Um vídeo será gravado e disponibilizado gratuitamente na internet no site da Companhia.
SERVIÇO:
Espetáculo: Cidade em Plano (Anti Status Quo Companhia de Dança de Brasília - DF)
Onde: Teatro Vila Velha (Avenida Sete de Setembro - Passeio Público)
Quando: 20, 21 e 22 de Junho
Horário: 20h (sexta e sábadoe 19h (domingo)
Duração: 75 minutos
Classificação etária: 18 anos
Ingressos: R$ 10,00 (meia) e R$ 5.00 (inteira)