Cultura

IGHB comemora 120 anos com lançamento de livro e entrega de medalhas

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ASCOM IGHB , Salvador | 13/05/2014 às 10:24
Prédio do IGHB na Avenida Sete
Foto: DIB
HOJE (13 de maio), às 19h, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, entidade cultural mais antiga do Estado, comemora 120 anos de fundação. Durante a solenidade, além da entrega do Diploma do Mérito e Medalha Bernardino de Souza, haverá a apresentação do Madrigal da Ufba, posse de novos associados, homenagens aos sócios falecidos e lançamento de livro sobre a história do IGHB.

Serão contemplados com Medalha do Mérito: Antônio Imbassahy (deputado federal), Edivado Machado Boaventura (acadêmico e professor), Geraldo Dannemann (empresário), João Maurício O. W. Araújo Pinho (advogado) e Victor Gradin (empresário); todos personalidades de destaque no Estado, com relevantes serviços prestados à preservação dos valores cívicos da Bahia e do seu povo.

Prestação de serviços ao Estado não falta na trajetória do IGHB. Conforme recorda a presidente da instituição, professora e historiadora Consuelo Pondé de Sena, a atual sede da Casa foi inaugurada em 2 de julho de 1923 para ser o monumento arquitetônico destinado ao culto da nossa data magna, o 2 de Julho. Outra participação histórica foi ter a data simbólica da fundação da Cidade de Salvador sido definida no IGHB, por solicitação da Prefeitura. “Outros episódios devem ser lembrados, quando foram tomadas posições importantes pelo Instituto, como a defesa da Igreja da Sé, demolida em 1933 após longos debates públicos, e questões de limites com outros estados da federação, cujas interlocuções foram feitas pelo historiador baiano Braz do Amaral”, acrescenta Pondé.

Para contar um pouco mais sobre a história da instituição, será lançada a obra “Instituto Geográfico e Histórico da Bahia - Origem e Estratégias de Consolidação Institucional (1894 – 1930)”.  Resultado da tese de doutorado do pesquisador Aldo José Morais Silva, a publicação foi apresentada ao programa de pós graduação da Ufba em 2006 e lançado pela Uefs, ano passado. Trata-se de analisar a origem e o processo de consolidação do IGHB, considerando a sua participação na promoção da desejada modernidade e civilidade da sociedade baiana no contexto da ‘modernização’ brasileira que caracterizou a Primeira República.

Desde o início do ano, diversas ações têm sido realizadas para comemorar os 120 anos. Esta semana, de 7 a 8 de maio, um curso vai abordar a vida e obra de Dorival Caymmi. Após a festa, dia 27, acontece o seminário internacional “Portugal e Brasil: interfaces entre história, memória e patrimônio”, e entre 28 e 29 de maio é a vez de um curso sobre iconografia musical. Dos eventos previstos para o segundo semestre destaca-se a realização do VI Congresso de História da Bahia, em agosto. A programação cultural pode ser acessada pelo site www.ighb.org.br

Saiba mais sobre o IGHB:

Fundado em 13 de maio de 1894, a entidade cultural mais antiga do Estado é também conhecida como a “Casa da Bahia”. Para se ter uma idéia de sua importância, o Instituto possui a maior coleção de jornais, datados desde o século XIX até a atualidade, além do maior acervo cartográfico do Estado, o que permite a sociedade conhecer a origem dos atuais 417 municípios baianos.

Na Biblioteca Ruy Barbosa, cerca de 30 mil títulos, incluindo obras raras, estão à disposição de pesquisadores e demais interessados. Os títulos estão disponível em cadastro online através do site www.ighb.org.br. O mesmo acontece no Arquivo Theodoro Sampaio, que reúne e conserva acervos particulares, a exemplo de Theodoro Fernandes Sampaio, Brás do Amaral e Hildegardes Viana e preciosidades, como os manuscritos de poesias de Antônio de Castro Alves e cartas de Antônio Conselheiro.

Ao percorrer as instalações da instituição, é possível conferir em seu Museu uma importante coleção de retratos, além de esculturas de bronze, mobiliário de época e peças religiosas da cultura africana na Bahia.

O IGHB é o guardião do Pavilhão 2 de Julho, no Largo da Lapinha, onde estão os dois principais símbolos da maior festa cívica do país: o Caboclo e a Cabocla; ícones da participação popular nas lutas pela independência baiana.

Sobre a Medalha - A medalha leva o nome de Bernardino José de Souza, sergipano, etnógrafo, que foi professor de Geografia e História, além de diretor da Faculdade de Direito da Bahia. Autor de várias obras importantes ficou mais conhecido na Bahia do que em sua terra natal. Seu nome está associado a um extenso acervo bibliográfico e também a realizações empreendedoras, como as construções das sedes do IGHB e da Faculdade de Direito da Bahia, onde hoje funciona a OAB-BA.