Cultura

VOVÓ LULU volta para refletir sobre a humanidade no Espaço Xisto

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Cia Comunicação ,  Salvador | 23/01/2014 às 10:37
Maria Prado em cena como Vovó Lulu
Foto: Adenor Gondim
O comovente e poético espetáculo teatral Vovó Lulu, que emocionou o público em sua primeira temporada, no ano passado, está de volta ao Espaço Xisto Bahia (Complexo Cultural dos Barris), de 24 de janeiro a 15 de fevereiro, sextas e sábados, às 20h. A peça é uma criação da escritora, atriz, produtora cultural, com formação em filosofia, Maria Prado de Oliveira, que interpreta uma senhora entre 80 e 90 anos, politizada, questionadora, bem humorada e que cultiva a esperança na humanidade. A montagem foge de realismos, priorizando simbologias e metáforas, e foi concebida inteiramente pela própria intérprete, do texto e direção à produção.

Em cena, além da intérprete, o espetáculo traz a participação da bailarina Aline Moreira, que encarna o “espírito jovial” da velha senhora. Um terceiro personagem não é uma pessoa e sim o Desenho de Luz da peça, especialmente concebido pela iluminadora Fernanda Mascarennhas. Com variações de sombras, claros e escuros, parte do projeto de iluminação representa para Vovó Lulu a sua concepção do ser divino, de uma energia superior, do sagrado, com quem ela dialoga ao longo da montagem. 

A personagem apresenta seus conflitos, convicções, dúvidas e esperanças sobre o envelhecimento do corpo num espírito jovial e sobre as escolhas que a humanidade vem fazendo, em um mundo individualista, violento, mas também repleto de belezas e solidariedade. Como explica Maria Prado de Oliveira, “Vovó Lulu nasceu da minha necessidade de falar sobre um mundo que parece sem saídas, imerso em violências generalizadas, mas que, ao mesmo tempo, ainda possui bilhões de indivíduos dispostos a cultivar esperanças e virtudes”.

A trilha sonora, pensada pela atriz, pontua a caminhada de Vovó Lulu trazendo cinco canções em novos arranjos: “Tente outra vez”, de Raul Seixas / Paulo Coelho / Marcelo Motta, “Alma não tem cor”, de André Abujamra, “Envelhecer”, de Arnaldo Antunes / Marcelo Jeneci / Ortinho, “Minha Nossa Senhora”, de Fátima Guedes e “Valsinha”, de Chico Buarque e Vinícius de Moraes. .A personagem canta algumas dessas canções, acompanhada de playback da banda, sob a direção musical da musicista Aline Falcão, que toca piano e também canta na trilha. Uma das canções é interpretada, em gravação, pela menina Ana Paula Falcão, de 11 anos. Os demais músicos são Felipe Guedes (guitarra), Rodrigo Fróes (baixo), Isaac Falcão (bateria), Tulio Augusto (gaita) e Filipe Massumi (violoncelo).


Completam a equipe: Desenho de Luz: Fernanda Mascarennhas, Coreografias: Denny Neves e Raimundo Simões, Assistente de Criação: Aline Darzé, Figurino e Cenografia: Nosotras,  Assistente de Iluminação e Operadora de Luz: Mirella Matos Sales, Técnico de Som para os palcos: Gilvã Carvalho, Cenotécnicos: Jorge Amaral e Antônio Lerose (assistente) Contrarregra: Cauê Borges, Costureira: Tatiane Oliveira Nascimento, Maquiagem: Renata Cardoso e Iasmin Motta, Fotografia: Adenor Gondim, Design Gráfico: Estúdio 9 e OBEN Marketing Especializado em Serviços Profissionais, Marketing Digital: Sigu, Direção de Produção: Edwin Neves. A trilha sonora foi gravada no estúdio Attitude Áudio Criação por Napoleão Cunha e Anderson Cunha.

A peça tem o patrocínio da OBEN Marketing Especializado em Serviços Profissionais e o apoio da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia, Estúdio 9, Segilight Luz e Eventos, Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Espaço Xisto Baha, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e TV Bahia.