Cultura

SOCORRO! Copas de árvores tomam à frente da primeira igreja da capital

SOS para o local
Tasso Franco , da redação em Salvador | 04/08/2013 às 20:37
Igreja de Nossa Senhora da Graça com fachada encoberta
Foto: BJÁ
   Copas de árvores estão tomando a frente da Igreja da Graça e galhos estão despencando em cima de veículos e na rua. Por se tratar da primeira igreja da cidade do Salvador, antiga capela erguida por Diogo Álvares (Caramuru) e Catarina Paraguaçu, em 1529, merecia uma atenção melhor da Prefeitura e do IPHAN. 

   Trata-se de uma monumento histórico importante da cidade onde está sepultada Catarina Paraguaçu, a mãe do Brasil, primeira nativa brasileira (tupinambá) que se batizou e casou na Europa, com Diogo, e se aculturou se dedicando ao catolicismo. O casal morava na Barra, na colina onde está a casa de Clemente Mariani, e ergueu o templo quando retornaram da Europa com Jaques Cartier, e diante da visão de Catarina de uma santa.

   Há, inclusive, na sacristia desta igreja um quadro que retrata essa visão. Diogo foi sepultado na Catedral da Sé (jesuita) e Catarina, com sua morte, se aproximou dos beneditinos, que chegaram a Bahia em 1580, sendo que, quando morreu, doou a sesmaria da Graça a Ordem de São Bento.

   Daí que a igreja da Graça é, também, um mosteiro beneditino chamado mosteirinho. As terras da Graça, vale e Chame-Chame pertenceram aos beneditinos diante dessa doação que data do rei dom João III (TF)