Cultura

MORTE DE ARMINDO BIÃO: Guerreiro diz que fica para história do teatro

Guerreiro classificou o dramaturgo como um artista que soube retratar seu tempo e que, por isso, “vai ficar para sempre eternizado pela irreverência critica e inteligente”.
Tasso Franco , da redação em Salvador | 21/07/2013 às 13:41
Armindo Bião, a esquerda da foto (de preto) morre aos 63 anos de idade
Foto: DIV
“O Armindo que vou guardar e que vai ficar para a história é aquele que marcou a trajetória por uma profunda investigação da nossa alma, nosso jeito de ser e nossas particularidades”, assim reagiu o presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, ao lamentar a morte do dramaturgo e ator baiano Armando Bião, na noite de ontem (20), no Hospital Aliança.

“Eu o conheci, nos anos 70 do século passado, interpretando Gregório de Mattos, na celebre montagem de Deolindo Checucci”, ressaltou Guerreiro, acrescentando que “hoje tento levar para a FGM um pouco do que este grande mestre e agitador cultural construiu como filosofia de trabalho: uma profunda irreverência associada a um poder investigativo disciplinado e objetivo”.

Após dar vivas a Gregório, a Bião, ao humor e ao deboche, Guerreiro classificou o dramaturgo como um artista que soube retratar seu tempo e que, por isso, “vai ficar para sempre eternizado pela irreverência critica e inteligente”.

Armindo Jorge de Carvalho Bião nasceu em Salvador e tinha 63 anos. Ex-diretor da Fundação Cultural da Bahia, era, além de dramaturgo e ator, diretor teatral premiado, professor titular associado à Universidade Federal da Bahia (no Brasil) e à Université de Paris Ouest Nanterre La Défense e à Maison dês Sciences de l’Homme Paris Nord (na Europa, doutor em Antropologia Social e Sociologia Comparada pela Universidade Sorbonne e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
Internado há mais de 15 dias, ele lutava desesperadamente contra um câncer. Seu enterro será neste domingo (21), às 15 horas, no cemitério Jardim da Saudade, em Brotas.