Cultura

LITERATURA: Sérgio Rodrigues divide mesa com Lars Iyer na Flica 2013

Acontece em outubro
LAB DA NOTICIA , da redação em Salvador | 08/07/2013 às 09:26
Sérgio Rodrigues
Foto: DIV
What língua is esta? A pergunta poderia ser tema de uma das mesas da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), mas não é. A indagação é título do livro de contos e crônicas do jornalista e escritor Sérgio Rodrigues, que estará no evento na sexta-feira, dia 25 de outubro, na mesa “O não legado da literatura”, junto a Lars Iyer, com mediação de Rosel Soares.

 O mineiro Sérgio Rodrigues estreou na ficção no ano 2000 com o livro de contos “O homem que matou o escritor”. Antes, atuou como jornalista em conceituados veículos de comunicação como "Folha de S. Paulo", "Jornal do Brasil", "O Globo", “Rede Globo”, e hoje mantém dois blogs no portal Veja.com: o Todoprosa, que há sete anos é referência na web literária brasileira, e o Sobre Palavras, que fala sobre a língua portuguesa.

 Como escritor, já publicou três romances, três livros de conto e crônicas, um de humor e dois dos seus livros romperam as fronteiras do Brasil. Semelhante a Lars Iyer, com quem divide a mesa, também é um questionador. Rodrigues fala da escrita na internet, mas questiona o papel do jornalismo literário impresso e a academia que não estimulam a leitura. No seu blog, o autor discorda da Iyes sobre o fim da literatura, mas acredita que acontecerá uma importante transformação.

 A primeira publicação, “O homem que matou o escritor”, reúne contos que questionam a vontade que as pessoas têm de escrever. O romance inicial foi o policial, "As sementes de Flowerville" (2006), onde se observa influência da linguagem dos quadrinhos e do cinema. O segundo romance “Elza, a Garota” (2009), retrata um pouco da vida de Elvira Cupello Calônio, conhecida pelo codinome Elza Fernandes. A publicação mescla pesquisa e ficção para contar a história do assassinato da jovem Elza Fernandes, em 1936, por ordem do Partido Comunista, sob suspeita de ter delatado companheiros. Além de romances e contos, Sérgio tem publicados livros de crônicas e de humor.

 Além destas publicações, também faz parte do conjunto de obra do autor “Manual do mané” (com Arthur Dapieve e Gustavo Poli) (2003),  “What língua is esta?” (2005) e “Sobrescritos” (2010). Antes da Flica, em setembro de 2013, Sérgio Rodrigues deverá lançar seu novo romance, “O drible”, que tem como pano de fundo a história do futebol brasileiro. Rodrigues tem contos publicados nos EUA e na Inglaterra e dois livros lançados em Portugal. Em 2011, ganhou do governo do Estado do Rio, pelo conjunto da obra, o prestigioso Prêmio Cultura na categoria literatura.

 A Flica - Entre os dias 23 e 27 de outubro acontece na cidade histórica do Recôncavo Baiano, a terceira edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). O evento contará com nomes locais, nacionais e internacionais. A festa será gratuita e terá shows musicais, praça de alimentação e pela primeira vez uma programação voltada para o público infantil. O evento tem coordenação geral e realização da Icontent/Rede Bahia e de Marcus Ferreira, da Cali - Cachoeira Literária Cultura e tem o Vice-Presidente do Conselho de Cultura da Bahia, Aurélio Schommer e o escritor Emmanuel Mirdad, da Mirdad Gestão em Cultura, como curadores.