Cultura

Artistas comentam que Brasil virou a Síria e a classe média protesta

Há algo estranho em todas essas manifestações
Terra , SP | 14/06/2013 às 17:06
A classe média se revolta
Foto: Natelinha Uol
Os noticiários nacionais e internacionais falam hoje sobre a onda de protestos, que ocorrem desde o começo da semana, contra o aumento da tarifa do transporte público nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira, as manchetes ganharam maior proporção devido ao aumento da violência presente nas manifestações de ontem. Os famosos, claro, não deixaram de se posicionar sobre o assunto. 

Polêmico, como sempre, Aguinaldo Silva comentou: "O que aconteceu enquanto eu estava fora? O Brasil era o paraíso e de repente virou a Síria, com o povo nas ruas tocando fogo em tudo?! A nova classe média comprou carro, TV de 500 polegadas, tudo que tinha direito, e agora protesta por causa da merreca de aumento de ônibus?", questionou o autor de novelas da Globo no Twitter. 

"Continuo sem entender: quem aumenta os ônibus não é a Prefeitura? A Prefeitura não é do PT? O que Alckmin tem a ver com isso?", prosseguiu o global. Na sequência, ele ainda postou: "Ah, sim, o Alckmin botou a polícia na rua. Mas queriam o quê, que ele deixasse quebrar e incendiar tudo? Alguém tem que botar ordem na orgia".

Aguinaldo não parou por aí: "Ah, o Metrô, que é do Estado, também aumentou. Mas não são os ônibus que transportam a maioria da população? Ônibus é com a Prefeitura... Em Cuba a passagem de ônibus é de graça... Mas quem disse que lá tem ônibus?".

Preta Gil também deu sua opinião sobre o assunto, por meio do Instagram, na tarde desta sexta-feira. "Boa tarde, meu Brasil. Hoje é folga aqui em NY, mas não paro de pensar em tudo que está acontecendo aí no Brasil, sou a favor das manifestações e contra qualquer tipo de violência!! Ainda mais vindo de quem deveria cuidar, proteger!!" 

O cartunista Mauricio de Sousa deixou sua impressões no Twitter: "Nos dois últimos dias, perdi a conta das ligações telefônicas que não se completaram no meu celular. Em muitos casos, desisti das ligações pelo celular. Busquei socorro em telefones fixos. Trens parados, trânsito parado, celulares parados, soluções... idem. Mas contra a imobilidade, há nossa insistência, contra a ignorância há nossa consciência. Contra a desesperança há nossa crença", escreveu. 

O apresentador do "CQC" Marcelo Tas também falou na rede social: "Alô, comentaristas chiques, se não levam protestos a sério, ouçam o 'El País': 'Brasil não está acostumado com as ruas'". 

O humorista Rafinha Bastos deixou mensagens de apoio aos manifestantes em sua conta no microblog. "O protesto tá lindão, mas levantar bandeira de partido f*d* tudo. Abaixa esta m..!". Ele ainda completou: "A grande maioria das pessoas protestam movidas pela indignação e não por interesse. Então abaixa esta bandeira, c*r*lh*!".  

A cantora Luiza Possi se mostrou sensibilizada: "Venho de uma família que lutou pelo poder do povo, na época, contra a Ditadura. Muitos morreram, outros estão aqui para contar história. Tenho fé que as coisas vão se resolver e dias de Paz estão por vir. Amém, São Paulo. Sem violência. Sou a favor disso e não abro", escreveu a artista em sua conta no Twitter. 

Por fim, Fabio Assunção usou o Facebook para abordar o tema: "O trabalhador honesto não pode se dar ao luxo de tirar quatro dias de folga para depredar o patrimônio publico. Esse circo onde, de um lado, policiais atiram na imprensa e quebram os vidros de suas próprias viaturas, e, do outro, alguns manifestantes que nunca precisaram andar de ônibus não representa absolutamente a realidade dos brasileiros. Qual é a questão afinal??", perguntou.