As caxirolas são peças do marketing de oportunidades e só. Nada cultura como se quer impor goela abaixo.
Tasso Franco , da redação em Salvador |
29/04/2013 às 10:29
Jogadores do Bahia retiram as caxirolas do campo
Foto: Correio
Quem conhece a cidadania baiana não se surpreendeu com o lançamento de caxirolas no gramado na Arena Fonte Nova no último domingo. Na abertura do estádio, a baianada já tinha dado mostras de sua cidadania emporcalhando os sanitários e colocando cocô até nas partes, além de quebrar 18 cadeiras.
O Fantástico da Globo apimentou a deseducação baiana com criticas de Tadeu Scmidt, pertinentes. Agora, dizer que caxirola é "orgulho' e/ou "patrimônio nacional" é piada. Trata-se, única e exclusivamente, de uma peça de marketing inventada por Carlinhos Brown com apoio da Braskem.
Brown está correto. Como diria o cego Aderaldo, na terra de muro baixo quem tem visão é rei. Brown criou a caxirola (mistura do caxixi do berimbau com sei lá o quê) e faz seu marketing querendo impor, goela abaixo, uma "vuvuzela" sul africana nas Copas.
A vuvuzela emanou do povo e, claro, é feita por empresas. Mas, a tradição e a vontade popular se sobrepõem ao marketing de oportunidades.
Aqui na Bahia, para fazer zoada e ser vista, teve uma época que a torcida do Fluminense de Feira usava tacos (de piso) e batia as duas plaquetas com as mãos. Fazia um bom efeito.
No mais, a torcida baiana sempre usou o "berro", bandeiras e apitos.
Agora, fala-se que o Bahia pode ser prejudicado pela lambança dos seus torcedores.
