Cultura

Documentário mostra drama dos japoneses com bomba atômica, na segunda

Dia do colapso de Fukushima denuncia a insegurança e o perigo das usinas nucleares
Zoraide Vilas Boas , Salvador | 08/03/2013 às 08:33
Reverencia memória de milhares de vitimas da explosão de Fukushima
Foto: DIV
Os dois anos da tragédia de Fukushima serão marcados com atos em diversas partes do mundo. Em Salvador, os baianos poderão conhecer a dramática realidade dos sobreviventes da bomba de Hiroshima, assistindo o documentário “08:15 de 1945”, do cineasta Roberto Fernández, que será lançado dia 11 (segunda-feira próxima) em três espaços: no auditório 2 da Faculdade de Educação da UFBA, às 10 hs; na sala 2 do Instituto de Biologia da UFBA, também às 10 hs. A noite, às 19 hs, a exibição será na Sala Alexandre Robatto Filho da Fundação Cultural da Bahia, na Biblioteca Central nos Barris. No dia 15 (sexta-feira), haverá nova exibição às 16hs, no auditório do Mestrado em Saúde e Meio Ambiente no Trabalho, da Faculdade de Medicina da UFBA, no Terreiro de Jesus.

Conhecer como vivem milhares de sobreviventes (Hibakusha) da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos, há 68 anos, sobre a população civil japonesa é uma forma de reverenciar a memória de milhares de vitimas da explosão de Fukushima, ocorrida há 2 anos (11/03/2011), e manter viva a chama de alerta ante as perigos dos  programas nucleares, como mostrou o derretimento da usina de Daiichi, cujas consequências para a sobrevivência da humanidade ainda não foram calculadas pela Ciência. Dois anos depois, as noticias são as piores possíveis, como a continuidade da queima de resíduos tóxicos e o aparecimento de peixes ultraradioativos na região.

Roberto Fernández é argentino, radicado em São Paulo, e trabalha com a Associação Hibakusha Brasil Pela Paz. O documentário relata os efeitos da explosão da bomba de Hiroshima e como o casal Morita fundou a Associação das Vítimas de Bomba Atômica no Brasil, para conseguir benefícios iguais aos que recebem os sobreviventes que ficaram no Japão, em especial a assistência à saúde. O documentário clama pela não violência, pelo respeito aos Direitos Humanos, pela Paz! Os eventos são promovidos pela Associação Movimento Paulo Jackson –Ética, Justiça, Cidadania, Instituto Memória Roberto Pires, com apoio da DIMAS, FACED, IBIO, MSAT/FAMEB, COMPOP, Instituto Búzios, O Movimento Falso e entidades socioambientalistas da Bahia.