Cultura

50 ANOS DE ARTE NA BAHIA tem exposição na Caixa Cultural Salvador

Mostra baseada em publicação da crítica de arte Matilde Matos expõe panorama da arte visual baiana entre os anos 1950 e 1990
Adriana Patrocínio ,  Salvador | 01/03/2013 às 11:58
Mostra baseada em publicação da crítica de arte Matilde Matos
Foto: Márzia Lima

A CAIXA Cultural Salvador apresenta, de 5 de março a 28 de abril, a exposição “50 Anos de Arte na Bahia”, baseada em publicação da crítica de arte Matilde Matos. A exposição, que abre às 19h para convidados e imprensa, é composta por mais de 60 obras de artistas baianos, apresentando um virtuoso panorama da arte visual na Bahia entre os anos 1950 e 1990. Com curadoria do editor e artista plástico Fernando Oberlaender, a mostra ocupará todos os pisos da CAIXA Cultural, para exibir as obras representativas desse patrimônio.

A exposição apresenta trabalhos de artistas como: Mário Cravo Jr., Carybé, Jenner Augusto, Calasans Neto, Floriano Teixeira, Edison da Luz, Bel Borba, Juarez Paraíso, César Romero, Justino Marinho, Vauluizo Bezerra e Ayrson Heráclito, entre outros. A CAIXA oferece visitação gratuita, de terça-feira a domingo, das 9h às 18h.

“50 Anos de Arte na Bahia” passa em revista cinco décadas e seis gerações com produção nas artes visuais, a partir da introdução do Modernismo, com a chamada “Geração 45”. Seguindo uma linha de tempo, até chegar a pragmática arte dos anos 90, a exposição passa pelas gerações 1970 e 1980, que revelaram nomes como Sérgio Rabinovitz, Maria Adair, Márcia Magno e Ramiro Bernabó, e movimentos como o “Etsedron, o Avesso do Nordeste Brasileiro”, que inscreveu o nome das artes visuais baianas na Bienal de São Paulo, o mais importante evento de arte do país.

“Na verdade a exposição é uma grande e merecida homenagem a Matilde, por conta da sua importância para a arte da Bahia, e pelo seu carisma com os artistas”, registra Fernando Oberlaender. A ideia de reunir parte das obras, citadas nas 400 páginas do livro, surgiu desde o lançamento da publicação, em 2010, mas por falta de pauta nos museus, naquela época, acabou não acontecendo.

O artista plástico e crítico de arte César Romero, que assina o texto do catálogo, afirma que a exposição gera novas possibilidades para o produto artístico e estabelece pontes de contato entre a obra realizada e o público. “Educação é condição salvadora, revela à comunidade o sentido do saber, do conhecer e as possibilidades do uso destes instrumentos”, comenta.
 
Sobre Matilde Matos:

Nascida em Caicó (RN), no ano de 1927, seu primeiro contato com a arte moderna aconteceu durante algumas vistas às galerias de Nova Iorque, em 1952. Nessa mesma década, começou a visitar os ateliês de Mário Cravo Jr., Carybé e Jenner Augusto, e a comentar suas produções. Mas só em 1959, quando começou a escrever no Jornal da Bahia, passou a assinar como crítica de arte.

Matilde escreveu para a revista Southward Art, assinou colunas especializadas no Jornal da Bahia, Bahia Hoje e no programa Soterópolis, da TV Educativa. Na última década, publicou quatro livros: “Fernando Oberlaender – Pintura e Tradução Poética” (2001); “A Cidade e as Gentes” (2004); “50 Anos de Arte na Bahia” (2010) e “Água Reflexos na Arte da Bahia” (2012). Em sua trajetória, Matilde Matos participou de um dos mais importantes capítulos das artes visuais da Bahia, com a curadoria e transcrição literária do “Etsedron, o Avesso do Nordeste Brasileiro”, na Bienal de São Paulo, entre 1971 e 1977.

Por sua contribuição à arte, à critica e à cultura brasileira, Matilde foi homenageada, em 2006, pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e, em 2008, recebeu a Comenda Maria Quitéria.
 

Serviço:
Exposição “50 Anos de Arte na Bahia”
Abertura para convidados e imprensa: 5 de março de 2013 (terça-feira), às 19h
Visitação: de 6 de março a 28 de a bril de 2013 (de terça-feira a domingo), das 9h às 18h
Local: CAIXA Cultural Salvador
Endereço: Rua Carlos Gomes, 57
Informações, agendamento de visitas monitoradas e oficinas: (71) 3421-4200
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Entrada franca