Cultura

XI BIENAL DO RECÔNCAVO abre sábado com anúncio de vencedores

om show de abertura do reggaeman Jeremias Gomes, os organizadores da Bienal anunciarão os vencedores
Tasso Franco , da redação em Salvador | 20/11/2012 às 07:11
Bienal vai de 24 de novembro a 24 de maio de 2013
Foto: Ivan Grilo
Na noite do dia 24 de novembro será aberta a XI Bienal do Recôncavo, que acontece entre 24 de Novembro de 2012 e 24 de Março de 2013, no Centro Cultural Dannemann, na cidade de São Félix, no Recôncavo baiano. Na abertura da Bienal serão anunciados, entre os 242 trabalhosselecionados, os vencedoresnas modalidades de artes gráficas, desenho,  escultura, fotografia, grafite, gravura, instalação, novas experiências, objeto, performance, pintura,  tapeçaria e videoarte. 

O vencedor do grande prêmio ganhará um curso de especialização na Europa, na sua área de trabalho. Para estimular a produção artística no Recôncavo, há também uma premiação destinada exclusivamente aos artistas da região. Além disso, através de uma parceria firmada em 2008 com o Instituto Sacatar, é oferecida  ainda uma residência artística na Ilha de Itaparica, além de cinco prêmios de aquisição e 12 menções especiais. Para celebrar, o reggaeman cachoeirano Jeremias Gomes fará o show da noite.  

Dos 1.515 trabalhos inscritos, de 15 estados brasileiros e países como Espanha, México e Portugal, foram selecionados 242 artistas. Entre os trabalhos analisados foram selecionados quatro obras em artes gráficas, 12 desenhos, oito esculturas, 54 fotografias, um grafite, 11 gravuras, 49 instalações, 20 novas experiências, 14 objetos, 11 performances, 34 pinturas e 24 vídeo-artes. O júri da premiação contou com o cineasta Póla Ribeiro, os artistas visuais Juraci Dórea, Lanussi Pasquali e Vauluizo Bezerra e do curador internacional Antônio D'Avossa, além dos coordenadores da Bienal. Para o Curador Pedro Arcanjo, a Bienal vem se consolidando como um espaço da contemporaneidade, que entra agora na sua 11º edição, onde os trabalhos apresentados tem correspondido às expectativas não só em relação à quantidade, mas também à qualidade.

Sobre Antônio D´Avossa - Curador independente de competência reconhecida internacionalmente, o professor italiano Antônio d'Avossa, que leciona História da Arte Contemporânea na renomada Academia de Brera, de Milão, estará em Salvador na Bahia no dia 23.11para participar da XI Bienal do Recôncavo. De Salvador ele parte para São Félix, onde, no Centro Cultural Dannemann, na noite do dia 24.11 participa da abertura da Bienal.

Antonio d’Avossa nasceu em Salerno em 1951, é docente de História da Arte Contemporânea da Academia de Brera de Milão.  Sempre se interessou pelos problemas teóricos e metodológicos nas relações entre as ciências humanas e a arte contemporânea.  Em especial, a antropologia, psicanálise e lingüística são as disciplinas que envolveram Antonio d’Avossa nos estudos aprofundados, levando-o a produzir textos de análise comparativa de grande valor cultural.
Pesquisador nas problemáticas históricas artísticas, D’Avossa foi curador de exposições na Itália, na Europa e em países orientais entre os quais, “Aperto 93” na Bienal de Veneza e “Enzo Mari” na Trienal de Milão 1999.

Estuda a vida de Marcel Duchamp e Yves Klein, possui um interesse especial voltado para as problemáticas artísticas filosóficas do Mestre 
alemão Joseph Beuys.  Para Beuys foi curador de importantes exposições como “Operação Defesa da Natureza” no Museu Santa Monica em Barcelona em 1993, promovida pela Generalitat de Catalogna, em 2001, nas “Logge dei Balestrieri”, Museu da Republica de San Marino, onde, para o 80° aniversario do nascimento de Beuys, promoveu o segundo Selo do Estado (Francobollo di Stato). 

Em 2002, foi curador no museu MART em Trento da exposição “Joseph Beuys, a ’Immagine dell’Umanità” (a imagem da humanidade). Participou de várias reuniões e palestras sobre as problemáticas beuysianas, entre as quais a Primeira Reunião Mundial em Budapest 2000. Escreveu vários textos e promoveu a obra e o pensamento de Joseph Beuys em muitos países estrangeiros.  Em maio de 2004, foi curador da exposição “The Nature of Joseph Beuys” na Artcore Gallery em Toronto.

A partir da morte do Mestre alemão, colabora com Lucrezia De Domizio Durini para a expansão do pensamento de Joseph Beuys em diversos países do mundo com Exposições, Palestras, Fórum, Publicações várias e teses para diplomas.  È Co-Diretor do “Il Luogo della Natura” (O lugar da Natureza).  Serviços e Depósitos do Plantio “Paradise”.É o único intelectual italiano que dedica profundos estudos de análise da filosofia de Joseph Beuys, um dos mais emblemáticos esignificativos personagens da arte mundial do segundo pós-guerra. Na 52ª  Bienal de Veneza, foi  Diretor Cultural do Evento Beuys curado por Lucrezia de Domizio Durini no “Nuovissimo Arsenale-Spazio Thetis”.

É um curador independente, apaixonado pelas problemáticas humanitárias, espirituais e ambientais. O seu trabalho interessa a importantes jornais italianos e estrangeiros como: “Abitare”, “Domus”, “Ottagono”, “Corriere della Sera”, “El Pais”, “Le Monde”.  Colaborou com Harald Szeemann e Pierre Restany. Tem relações internacionais com curadores de museus e intelectuais de diferentes disciplinas, com os quais conjuga trabalhos e congressos de prestígio internacional.

Sobre Jeremias Chaves - Jeremias Chaves nasceu em São Félix-BA, e é filho do cantor e compositor Edson Gomes. Desde criança Jeremias mostrou interesse pela música, tanto que, seus presentes prediletos eram os CD’s de reggae que ganhava de seu pai tais como “Exodus” de Bob Marley, “Smash Hits” de Steel Pulse, “Legalize It” de autoria de Peter Tosh,dentre outros. Teve uma pequena passagem pelo futebol entre 11 e 12 anos de idade, mas a música falou mais forte em sua vida.

No ano de 2007, em um festival musical realizado no Colégio em que estudava, Jeremias teve sua primeira experiência como cantor. Desde então, passou a fazer participações nos shows de seu pai e com outras bandas como: Adão negro, Folha de Chá, Dionorina , Dissidência, Sine Calmon, entre outros. Em 2009, Jeremias monta sua própria banda batizada de “Dilúvio” por seu pai e começa a fazer shows na sua cidade natal e em cidades circunvizinhas. No ano de 2011, entre maio e junho, tem a oportunidade de gravar seu primeiro disco intitulado de “Régua e Compasso” gravado na WR Studios na cidade de Salvador. No dia 25 de maio do ano seguinte, o álbum é lançado como encerramento do I Seminário de Ações Afirmativas do Recôncavo Baiano. Atualmente Jeremias concilia o trabalho com o seu pai como back vocal na Cão de Raça com os shows que realiza com sua banda. A música de Jeremias tem influência de ícones do reggae nacional e internacional, como Edson Gomes, Bob Marley, Steel Pulse etc.