Cultura

IPAC promette criar Centro de Documentação e Memória no Pelourinho

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| 23/07/2012 às 13:24

Até o final deste ano (2012) milhares de fotografias – digitais e analógicas –, mapas, plantas de imóveis, projetos de restauração, dossiês de pesquisas, estudos, livros e documentos técnicos produzidos ao longo quatro décadas sobre os Patrimônios Culturais da Bahia estarão disponíveis para acesso gratuito ao público interessado no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador.


Esse grande arquivo sobre os bens culturais baianos estarão no novo Centro de Documentação e Memória do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), autarquia da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) que comemora 45 anos de fundação em 13 de setembro próximo.


"Esta é a primeira vez que será disponibilizado o acervo completo do Instituto para pleno uso público", afirma o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça. O local escolhido para sediar o Centro foi um casarão de estilo arquitetônico barroco-colonial, nº20 da Rua Gregório de Mattos, que será restaurado por três meses.

 A abertura do Centro de Memória do IPAC integra a requalificação do Quarteirão Cultural do Pelourinho coordenada pelo IPAC. Este quarteirão fica entre as ladeiras de São Miguel (Rua Frei Vicente) e do Ferrão, e as ruas Gregório de Mattos (antiga Maciel de Baixo) e a Baixa dos Sapateiros.

“Trata-se de um quarteirão funcional e multicultural já que oferece estacionamento de 240 vagas, quatro museus e coleções de arte do Estado, galeria de arte do Ferrão, o Cine XIV do circuito Sala de Arte, o Teatro XVIII da escritora Aninha Franco, a coordenação de Restauração do IPAC, a biblioteca Manuel Querino, o projeto de Residência Artística da Fundação Cultural, o Escritório de Referência do Centro Antigo, além de estúdios, lojas e comércios”, diz Mendonça.

A Praça das Artes, na área interna do quarteirão, ganhará serviços de impermeabilização e paisagismo e junto com o estacionamento terão, ainda, revisão das instalações elétricas. Em convênio com o Centro de Referência Integral de Adolescentes (CRIA), o IPAC desenvolverá ações de dinamização da praça.

Para a Coordenadora de Articulação e Difusão (COAD) do IPAC, Carolina Passos, responsável pela implantação do Centro de Documentação e Memória, a iniciativa garantirá democratização das informações e melhoria da comunicação com o público. “Centenas de alunos, professores e pesquisadores, inclusive de outros estados brasileiros, já utilizam a biblioteca do IPAC; ao oferecermos acesso aos outros arquivos, ampliamos as possibilidades de pesquisas”, explica Carolina Passos.

 A biblioteca abriga 220 obras raras datadas dos séculos 18, 19 e 20, sendo referência para as áreas de história, arquitetura, sociologia e antropologia. O arquivo técnico dispõe quase 4,7 mil documentos, entre plantas e cadastros arquitetônicos, projetos complementares, mapas, croquis, esboços e levantamentos produzidos entre os anos de 1969 e 2007.

Já o arquivo fotográfico dispõe de aproximadamente 130 mil imagens, em preto e branco e coloridas, produzidas pelos fotógrafos do IPAC e Secretaria de Comunicação, além de filmes, fitas cassetes, fotogramas, slides, reproduções antigas e álbuns. Estão sendo pensados também a disponibilização virtual dos acervos, espaço expositivo, livros de tombo e registro, e uma lojinha onde serão comercializados os livros produzidos pelo IPAC. Para outros dados sobre o Centro de Documentação e Memória deve-se procurar a COAD via telefone (71) 3116-6945 e endereço eletrônico coad.ipac@ipac.ba.gov.br. Mais informações do IPAC no site http://www.ipac.ba.gov.br/.