Cultura

Século XVIII:Livro revela interferência do poder político de Salvador

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| 22/04/2012 às 18:49
Lançamento do livro de Avanete Pereira Sousa será dia 25/4, na Cultura
Foto: DIV
 

"Poder Político Local e Atividades Econômicas: a Bahia no século XVIII" é o título do livro de Avanete Pereira Sousa, que será lançado pela Alameda Casa Editorial, no próximo dia 25 de abril, das 19h às 21h, na Livraria Cultura - Salvador Shopping.

Prefaciado pela professora de História da Universidade de São Paulo (USP), Vera Ferlini, o livro é fruto da tese de Avanete Sousa para o Doutorado de História pela USP. Trata-se de um estudo que procura estabelecer relações entre o poder político local, configurado nas várias instâncias político-administrativas do poder metropolitano em Salvador colonial, sobretudo da Câmara Municipal, e a organização do cotidiano econômico da cidade. No século  VIII, conforme os estudos da autora, moradores eram obrigados, sob pena de serem punidos com pagamento de taxas, a enfeitarem sacadas e janelas das ruas por onde procissões religiosas iriam passar.

Os homens da nobreza da terra eram obrigados a participar das procissões, vestidos a rigor, caso contrário poderiam sofrer prisão domiciliar. As interferências do poder local sobre a vida da cidade e de seus moradores iam desde a taxação de preços dos mais diversos produtos, da fruta na feira à carne vendida nos açougues, até o estabelecimento de locais determinados para a realização de certos serviços. Como resquícios desse passado regulamentado temos hoje, por exemplo, ruas conhecidas como "dos Ourives", "dos Marchantes" (comerciantes de carne), "Baixa dos Sapateiros" etc, segundo registra o livro de Avanete Sousa.


Sobre a autora

Avanete Pereira Sousa é professora do Departamento de História da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Graduou-se em História pela UESB, fez Mestrado de História na Universidade Federal da Bahia (UFBa) e Doutorado na USP. Passou dois anos em Lisboa pesquisando para o projeto Resgate do Barão do Rio Branco (1997/98) e, entre 1993 e 2004, assessorou a Câmara Municipal de Salvador na implantação do Memorial do legislativo.