Cultura

BANDA SINFÔNICA DO GURI NO VILA VELHA E OUTROS ESPETÁCULOS DE NOVEMBRO

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| 15/11/2011 às 15:12
Banda Sinfônica Infanto-Juvenil do Guri
Foto:

Pela primeira vez em Salvador, a Banda Sinfônica Infanto-Juvenil do Guri, se apresenta na Sala Principal do Teatro Vila Velha, com entrada franca, no dia 14 de novembro, às 20h. Sua primeira formação-piloto foi em 2009, consolidando-se no ano passado com intensas atividades artístico-pedagógicas.


Em 2011, fez a seleção de 40 crianças e adolescentes, entre 10 e 18 anos com o objetivo de continuar seu trabalho de formação específica em banda sinfônica. O grupo também possibilita a integração dos alunos do Guri, que ensaiam semanalmente na sede do Programa.


O programa

O Guri é um programa que desenvolve o ensino musical e a inclusão sociocultural para mais de 13,5 mil crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos em 50 polos nas regiões periféricas da capital e em cidades da Região Metropolitana de São Paulo. Sob gestão da Santa Marcelina Cultura, Organização Social (OS) qualificada pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, o programa proporciona uma educação musical de qualidade aliada a uma ação social transformadora.




14/11 | seg | 20h

Gratuito

Sala Principal

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Cabaré da Rrrrraça

A Cena Tá Preta | Bando de Teatro Olodum | Direção: Marcio Meirelles


Um dos realizadores d´A Cena Tá Preta, o Bando de Teatro Olodum apresenta o espetáculo "Cabaré da Rrrrraça", sempre às terças, na Sala Principal do Teatro Vila Velha. Criado em 97, o espetáculo é um dos maiores sucessos do grupo e discute a questão racial com inteligência, humor, música e dança.


Dirigida por Marcio Meirelles, a peça levanta discussões bem humoradas sobre negritude, racismo e a participação do negro no mercado de consumo, por meio de personagens que já caíram no gosto popular, como o "Patrocinado", a cantora "Flávia Karine" e o "Super Negão".


Interprete da personagem "Flávia Karine" desde a criação de Cabaré, Auristela Sá entende que, apesar da pouca e sutil mudança no espetáculo, ele ainda se faz necessário. "É uma pena que a gente ainda sinta a necessidade e importância de apresentá-lo, que a gente ainda escute os depoimentos com exemplos de racismo. Seria melhor que ele fosse só artístico e não tão pessoal", diz.


De acordo com Chica Carelli, Cabaré surgiu em um momento de crise. "O elenco estava cansado de ser mal interpretado, de ouvir coisas negativas e, principalmente, com a falta de dinheiro e de apoio. Conversamos muito e então surgiu a vontade de fazer algo diferente do que vínhamos fazendo", conta a co-diretora do espetáculo.


A mudança se fez necessária e de certa forma radical. Ao invés de colocar no palco o povo pobre e sofrido do Pelourinho ou de outra periferia da cidade, o Bando queria continuar debatendo o racismo, mas por outro viés. "Marcio Meirelles queria falar do negro como consumidor e objeto de consumo através de personagens que mostram o negro que anda arrumado, sai nas capas das revistas, o negro fashion", explica Chica.

Cabaré da Rrrrraça mudou a estética dos espetáculos do Bando e também mudou a postura dos atores perante a sociedade. "Hoje eu sinto uma mudança muito forte nos atores. A gente sempre saía depois das apresentações e continuava discutindo o assunto. Acho que essa mudança também é vista no público que assiste ao espetáculo", afirma Auristela.


Parte importante do espetáculo, os depoimentos dados pelo público ao longo da apresentação, trazem o que é dito pelos atores a uma esfera pessoal e próxima de cada um. "Cabaré já foi apresentado em diversas cidades do Brasil e também em Portugal e Angola e os depoimentos são "iguais", o que acontece aqui, acontece lá também. Lembro de um depoimento de uma moça no Rio de Janeiro que contou que uma professora da PUC entrou na sala, olhou pra ela e disse: ‘Nossa, como a PUC baixou o nível'", relata.


Outro destaque do espetáculo são os figurinos especiais usados pelos personagens e músicos em cena. Eles são assinados por um grande time de estilistas baianos. Para essa temporada o Bando vai se apresentar com o figurino preto.




15 a 29/11| ter | 20h

R$ 30 e 15

Sala Principal

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O Teatro de Grupos Negros e sua Produção

A Cena Tá Preta | Mesa redonda - Bando de Teatro Olodum


No mês da Consciência Negra, o Teatro Vila Velha abre seus espaços para dar visibilidade às artes cênicas de matriz afrodescendente com uma programação dedicada ao debate sobre o Teatro Negro no Brasil. Seguindo esse pensamento, o Bando de Teatro Olodum organizou duas mesas redondas que prometem render boas discussões.


No próximo dia 16 de novembro, acontece a primeira mesa, "O Teatro de grupos Negros e sua produção", mediada por Fábio Santana, ator do Bando, onde será discutido as possíveis estratégias de produção do teatro negro frente ao atual cenário cultural brasileiro, levantando questionamentos em como driblar as dificuldades e continuar produzindo. O evento começará às 19h, e terá entrada franca.


Uma das convidadas da mesa, a atriz e cantora carioca Roberta Rodrigues, contará um pouco da sua experiência com o grupo teatral "Nós do Morro". Roberta nasceu e cresceu na comunidade do Vidigal, na zona sul do Rio de Janeiro, onde mora até hoje. Lá também iniciou sua participação no grupo, que forma técnicos e artistas em diversas regiões carentes do Rio e apresenta espetáculos no Brasil e no exterior. Iniciou carreira no cinema no filme "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles. No mesmo ano, atuou na série "Cidade dos Homens", e, no ano seguinte, para a novela das nove "Mulheres Apaixonadas", ambas da Globo. Roberta também atua como cantora na banda Melanina Carioca, formada com amigos do Vidigal e que faz shows no Rio e em outros estados.


A mesa também terá a participação de Fernanda Júlia, diretora do Grupo de Teatro Nata. Fundada em 1998, na cidade de Alagoinhas, a Cia tem como eixo norteador a história, cultura e religiosidade Afro-Brasileira. Fernanda é dramaturga, educadora e pesquisadora da cultura africana no Brasil com ênfase nas religiões de matriz africana o Candomblé, tendo sido indicada como Diretora Revelação do prêmio Braskem de Teatro 2010.


Fechando o time de convidados, ainda teremos o ator, dramaturgo e diretor do premiado grupo de teatro Coletivo Abdias Nascimento (CAN), Ângelo Flávio, e George Bispo, do Coletivo de Produtores do Subúrbio.


Contatos:

Auristela Sá - (71) 3083-4620


16/11 | qua | 19h

Gratuito

Cabaré dos Novos

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Mestre Lourimbau

A Cena Tá Preta | Vila da Música


No próximo dia 17 de novembro, no Teatro Vila Velha, Mestre Lourimbau mostra as principais músicas do seu CD "A Arte de Mestre Lourimbau". Na ocasião, Mestre Lourimbau, que é, além de cantor, compositor e berimbalista, comenta aspectos da sua carreira e destila uma fusão única de capoeira, MPB e jazz acompanhado por Ivan Bastos (baixo), Paulo Mucci (guitarra) e Giba Conceição (percussão). O show acontece no Cabaré dos Novos, às 20h, dentro da programação d´A Cena Tá Preta.


Gravado ao vivo no Teatro Vila Velha, o CD tem onze faixas, sendo que dez delas são de sua autoria ou parcerias com Djalma Araújo, Antonio Carlos e Ivan Bastos. Gravado em abril de 97, o show contou com o acompanhamento de Bau Carvalho (guitarra), Ivan Bastos (baixo) e Gilmar Gomes (percussão), sempre procurando rearmonizar os trabalhos em cima da base do berimbau.


Lista Amiga: basta enviar um e-mail para viladamusica@teatrovilavelha.com.br, colocando no assunto "Vila da Música", com o nome completo, e assim, poderá pagar meia-entrada em todos os shows do mês! Só precisa mandar o nome uma vez, pois faremos uma única lista e o nome estará disponível em qualquer um dos shows. Os nomes serão aceitos até as 17h do dia de cada show.



17/11 | qui | 20h

R$ 20 e 10

Cabaré dos Novos

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Alugo Minha Língua

Núcleo Supernova Teatro | Direção: Fernando Guerreiro


"Nesse cabaré que mais que exótico, que mais que histriônico é e-ro-tra-gi-cô-mi-co", a perversão humana, a sexualidade e a sociedade de consumo são despidas na sua mais pura intimidade. Ao adentrar o cabaré de Alugo Minha Língua, a plateia será convidada a repensar sua "normalidade". Afinal, "A língua se aluga pro bem e pro mal (...), quer ser depravado? Quer ser moralista? Pois entre na lista do sempre cansado [...]".


Dirigidos por Fernando Guerreiro e com texto de Gil Vicente Tavares, os personagens, dentro de cubículos existenciais, compartilham a solidão das relações superficiais mediadas por todo tipo de aparato tecnológico contemporâneo.


Através de uma encenação marcada pela linguagem da performance, com viés musical acentuado, a peça faz um convite à reflexão: baseado no conceito de modernidade líquida, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, o público poderá debater como a urgência e a espetacularização da sexualidade nas sociedades contemporâneas resultam no esvaziamento das relações humanas e no tédio.


Contemplado com o Prêmio Myriam Muniz 2010 da FUNARTE, através do Ministério da Cultura, o projeto tem na equipe Jarbas Bittencourt (trilha sonora original), a cantora Manuela Rodrigues (preparação vocal do elenco), a premiada Miniusina de Criação (cenário) e a estilista Valéria Kaveski assinando o figurino. Essa união entre artistas consagrados e novos talentos foi fundamental para traduzir, de forma contemporânea e contundente, a temática perturbadora e intencionalmente atraente da peça.


Contatos:

Aleksandra Pinheiro - (71) 9121-5359 | alepinheiro@comunikapress.com.br

Jamile Amine - (71) 9903-5504 | jamile.amine@comunikapress.com.br


18 a 27/11 | sex a dom | 20h

R$ 30 e 15

Sala Principal
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Remendo Remendó

Teatro Infanto-juvenil | A Outra Cia de Teatro


O espetáculo infanto-juvenil "Remendo Remendo" retorna a cartaz a partir do dia 12 de novembro, aos sábados e domingos, no Teatro Vila Velha, depois de passar por festivais e mostras de artes cênicas como: Festluso - Festival de Teatro Lusófono (Teresina - PI), 13º Caxias em Cena - Festival Internacional de Artes Cênicas (Caxias do Sul - RS), Festival Nacional de Teatro de Vitória (Vitória - ES) e II Festival Nacional de Teatro - Pontos de Cultura (Floriano - PI).


Nona montagem d'A Outra Companhia, o espetáculo, que estreou nacionalmente no FRINGE - Festival de Teatro de Curitiba 2011, narra a história de uma pequena cidade do interior em que o prefeito resolve realizar um concurso de contadores de histórias. Para tal feito, ele reúne as maiores mentes da região: seus filhos, a espevitada Porcia e o intelectual Corisco, o cego Firmino e o sábio Alexandre, todos contando seus melhores "causos" e histórias tentando ganhar a platéia e o prêmio.


Nesse mosaico de histórias a literatura de cordel e as manifestações populares nordestinas são revisitadas, como o bumba-meu-boi, o samba de roda e a burrinha. E ainda, ritmos como o frevo, o maracatu e o forró estão presentes na encenação pautada na contação de histórias.


O espetáculo dirigido por Luiz Antônio Jr., que também dirigiu Mar Me Quer, é baseado no escrito de Inácio D'eus, Cell Dantas e Vinício de Oliveira Oliveira (2002). "Remendo Remendo" é a sua segunda montagem a frente d'A Outra e além de dirigir ele também atua no espetáculo ao lado de Eddy Veríssimo (Mar Me Quer e O contêiner), Israel Barretto (O olhar inventa o mundo), Luiz Buranga (Arlequim e O contêiner) - que também assina o figurino e o cenário - e Roquildes Junior (Sonho de uma noite de verão e Mar Me Quer), diretor musical da montagem.


Em cartaz até o dia 27 de novembro, o espetáculo que é para toda a família pode ser visto aos sábados e domingos, às 16h, no Teatro Vila Velha.



19 a 27/11 | Sab e dom | 16h

R$ 20 e 10

Sala Principal