Cultura

EXPOSITORES RECLAMAM DA FAGGA E AMARGAM PREJUIZOS NA BIENAL DO LIVRO

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| 01/11/2011 às 21:07
Protesto de expositores diante do pouco público. Fagga reduz preço do ingresso para R$4,00
Foto: DO LEITOR

O dia hoje (terça 1º) foi de expectativa nos corredores da Bienal, no Centro de Convenções, depois que a empresa que promove o evento, a paulista Fagga, cedeu à pressão dos expositores e reduziu o preço do ingresso pela metade (de oito reais para quatro). Mesmo assim, a insatisfação continua e espera-se que no feriado desta quarta (2) o movimento melhore. Ou não. Com, a empresa não divulga números, difícil saber a estatística real de freqüência à Bienal, muito menos do que é comercializado.

Alheias à crise, as adolescentes Janaína Santos, Adriane Santana, Jamile Silva e Ana Paula, todas de 15 anos e alunas do colégio estadual Pedro Calmom, passearam na Bienal e, com pouco dinheiro, não compraram nenhum livro. Elas reclamaram de que na escola não distribuíram o vale-livro (o governo distribuiu em algumas, no valor de dez reais) e por isso estavam ‘" a passeio" no local. Antes de ir embora, ganharam um brinde do cartunista Cedraz, o seu último lançamento em HQ, com 365 tiras do melhor da Turma do Xaxado.

O representante da Editora PAE, que participa de bienais em várias capitais, estava aflito: gastou quase R$13 mil reais para se instalar e não sabia como pagar as contas. "Nunca vi uma Bienal tão esvaziada, faltou divulgação. Nunca mais voltaremos", disse um dos sócios da PAE.


A reportagem do BAHIA TODO DIA voltou nesta tarde de terça (1º) à Bienal e ouviu mais uma denúncia: o governo teria distribuído o vale-livro nas escolas, mas os alunos não tiveram como ir ao Centro de Convenções, os colégios não conseguiram ônibus para fazer o transporte. Uma fonte do site informou que não se sabe o que as escolas fizeram com o vale-livro.