Cultura

ILÊ AIYÊ PROMOVE ARRASTÃO PERCUSSIVO NA TERÇA PARA COMEMORAR 38 ANOS

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| 31/10/2011 às 09:09
Magary será uma das atrações na Senzala do Barro Preto, a partir das 22h
Foto: DIV

Comemorando seu 38º aniversário, o Ilê Aiyê realiza um "arrastão percussivo" pelas ruas da Liberdade, culminando com uma grande festa na sua sede, a Senzala do Barro Preto. A Band'Aiyê fará as honras da casa, que nesta noite receberá dois convidados especiais: o cantor Saulo Fernandes, vocalista da Banda Eva, e o seu amigo e parceiro Magary Lord, com o inconfundível black semba.  

O encontro acontece no dia 1º de novembro, terça-feira, véspera de feriado, às 22h, com ingressos a R$15 (pista) e R$30 (camarote). Informações: 2103-3400.


O arrastão comemorativo sairá do Plano Inclinado Liberdade-Calçada, às 20 horas, levando percussionistas do bloco afro e moradores do bairro em direção à Senzala do Barro Preto. Ao chegar lá, a folia continua com todos os convidados para o canto de "Parabéns", embalado ainda pela participação do grupo Bambeia, temperando a festa com muito samba.


No palco junto com a Band'Aiyê, Saulo, cantando os sucessos da Banda Eva, e Magary, que brilhou recentemente num ensaio do Ilê, vão mostrar a sintonia que resulta da amizade e das muitas participações que já fizeram nos shows um do outro. Para completar, o "Mais Belo dos Belos" promete reviver os seus grandes sucessos, apresentando canções emblemáticas como "Perola Negra" e "Adeus, Bye Bye" e "Negrume da Noite".


Ilê Aiyê e sua história

O 38º aniversario do Ilê Aiyê é mais um marco na trajetória daquele que se consolidou como bloco afro da Bahia. O Ilê Aiyê inicia sua história em 1º de novembro de 1974, no Curuzu-Liberdade, bairro de maior população negra da cidade. O bloco nasceu no espaço do Terreiro de Candomblé de nação gêge-nagô Ilê Axé Jitolu, comandado por Mãe Hilda dos Santos.

Apesar de profano, o Ilê Aiyê herdou os fundamentos e princípios do Candomblé, como a compreensão da convivência social, o respeito aos mais velhos e o aproveitamento da simbologia para suas canções, toques, adereços e figurinos, sem ferir os fundamentos religiosos. Como uma agremiação da comunidade negra, firmou-se como um dos principais agentes no resgate da auto-estima e elevação da consciência da população negra da capital da Bahia.