Integrando as ações de inclusão e atendimento a pessoas com deficiência durante exposições públicas os monitores do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia da Secretaria de Cultura (Secult), recebem amanhã, dia 20, às 16h30, no Solar Ferrão, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, um grupo de alunos surdos do projeto Mãos e Vidas da Igreja Batista Sião.

O Ferrão é uma edificação originária do século 16, tombada pelo Ministério da Cultura como
Patrimônio do Brasil, administrada pelo IPAC e está sediando a exposição Circuitos Arqueológicos da Chapada Diamantina que será visitada por esses alunos. São 108 fotos coloridas de bens culturais edificados, paisagísticos e arqueológicos, mapas e vídeodocumentários exibidos das terças até as
sextas-feiras, sempre das 10h às 18h, e sábados e domingos, das 13h às 17h.

A mostra é uma iniciativa do IPAC/Secult em parceria com a Universidade Federal da Bahia e as prefeituras de Iraquara, Lençóis, Morro do Chapéu, Palmeiras, Seabra e Wagner – cidades que compõem os circuitos. O projeto pretende preservar e promover o usufruto dos patrimônios culturais e
arqueológicos da Chapada, através do turismo cultural. “A meta é promover o
desenvolvimento econômico sustentável dos municípios tendo como atrações principais os bens paisagísticos, ambientais, arquitetônico-históricos e de pinturas rupestres existentes na região”, explica o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça.

“A Bahia é um dos estados mais ricos do país quando falamos da quantidade e qualidade do patrimônio material, como construções seculares tombadas, pinturas rupestres, fósseis ou grutas, e podemos tirar
proveito disso”, diz o diretor do IPAC. O projeto pode trazer benefícios para a preservação e usufruto dos bens da Chapada, território formado há 1,7 bilhão de anos, localizado a 400 km da capital baiana e que detém as maiores altitudes do Nordeste com pontos de mais de 2 mil metros de altura.

Desde 16 de setembro – quando foi aberta a exposição – mais de 700 pessoas já passaram pelo
Ferrão.  Segundo a assistente de Educação Patrimonial do IPAC, Denise Fernandes, a mostra recebeu professores e alunos da rede pública de ensino, turistas brasileiros e estrangeiros. “Além dos monitores teremos um intérprete especial que utilizará da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para comunicação com o grupo de surdos”, explica a educadora. Para a coordenadora do grupo, Ivani Lopes, exposições são fundamentais para o crescimento e conhecimento educacional e cultural de surdos.

A exposição Circuitos Arqueológicos do IPAC recebe visitas dirigidas para grupos desde que pré-agendadas pelo telefone (71) 3116.6737 e por meio do endereço eletrônico cepa.ipac@ipac.ba.gov.br. Visitas para grupos escolares – de no máximo 30 alunos por vez – acontecem de segunda à sexta-feira, das 10h às 18h. As visitas só podem acontecer com presença também de professores responsáveis da escola interessada A mostra fica aberta até 23 de outubro. Mais informações no site www.ipac.ba.gov.br.