Cultura

EXPO "DINHEIRO, DEUSES & PODER" SERÁ LANÇADA NA ACB, ÀS 19 HORAS

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| 29/09/2011 às 09:00

HOJE (29), será lançada a exposição "Dinheiro, Deuses & Poder - 2.500 anos de história política das moedas" (coleção Nomus Brasiliana), em um coquetel de abertura para convidados, às 19h, na Associação Comercial da Bahia. De idealização do jornalista, escritor baiano e dono da coleção Noenio Spinola, a mostra trará 460 itens, entre moedas e cédulas, que esclarecem muitos aspectos históricos, financeiros e antropológicos do sistema monetário mundial. Já o público poderá conhecer as primeiras experiências do uso da moeda na Ásia Menor e sua difusão por todos os cantos do planeta a partir de sexta-feira, dia 30. A

A mostra esteve hospedada de abril a agosto na BM&F Bovespa em São Paulo, onde teve a curadoria de Claudio Angelini, ex Presidente da Sociedade Numismática Brasileira.  As moedas e cédulas estarão divididas em nove módulos em formato de totens. Há também recurso multimídia para que os visitantes tenham acesso aos detalhes das peças, com imagens ampliadas e fichário que mostra as características de cada moeda para maior compreensão dos fatos.


Entre os mais de 400 itens da coleção, encontram-se moedas e cédulas que povoaram o imaginário popular no mundo todo. As mais antigas datam de 2.500 anos atrás, do território asiático da Grécia Antiga - um Croesus, moeda de prata da Lídia (561/546 aC). Também poderão ser vistas, contextualizadas, moedas da Macedônia de Alexandre, o Grande; moedas papais da época do Tratado de Tordesilhas (Grosso de prata do Papa Alexandre VI - 1492/1503); de Roma Antiga; da extinta Cartago; do Egito de Cleópatra & Marco Antonio; da Inglaterra de Henrique VIII e da Rainha Vitória; e, claro, do Brasil Colonial e da República anterior ao Golpe de 64. Muitos monumentos e lugares históricos da Bahia encontram referências nas moedas que serão expostas.


A viagem da coleção Nomus Brasiliana de São Paulo para Salvador é uma oportunidade para recontar esta história sobre as reivindicações dos primeiros colonos e administradores da Bahia para modernizar os portos, ajustar o câmbio e aumentar a competitividade dos produtos coloniais de exportação; a intensa guerra cambial entre os séculos XV e XVII envolvendo commodities, etc. É uma homenagem ao lugar onde a história política do dinheiro brasileiro começa: a Bahia.     


Noenio Spinola - A partir de uma coleção herdada pelo pai, dono de um armazém de café, Noenio se tornou um colecionador particular de moedas. Foi editor e correspondente internacional do Jornal do Brasil em Washington, Moscou, Londres e Bruxelas, editorialista internacional e correspondente do Jornal O Estado de São Paulo em Moscou. Cobriu, como correspondente de guerra, a invasão do Afeganistão e a primeira guerra do Golfo entre o Irã e o Iraque. Foi também  diretor de Relações Institucionais na Bovespa em São Paulo e diretor de Imprensa e Mídia na BM&F. Noenio recebeu a medalha Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras. O primeiro livro que escreveu, editado na  Bahia, chama-se Reunião, onde aparecem também os primeiros contos de João Ubaldo Ribeiro, Sônia Coutinho e David Salles. Na mesma época, Noenio foi o editor da Revista Ângulos da Faculdade de Direito da UFBA, ilustrada por Calazans Fernandes. Teve alguns dos seus contos publicados no suplemento literário do Diário de Notícias por Glauber Rocha e Florisvaldo Mattos.