O encontro de filarmônicas que acontece anualmente no dois de julho esta completando 20 anos de existência. Ele é resultado de uma conversa entre o maestro Fred Dantas, Moraes Moreira e o mestre Zinho de Aramari, um ferroviário aposentado. Juntos buscaram patrocínio e apoio para o evento, mas pouco depois Moraes mudou de cidade, Zinho voltou a sua rotina, ficando apenas Fred a frente do projeto. "Continuo com este encontro graças a Fundação Gregório de Mattos, que através do seu apoio possibilita a realização deste evento, e proporciona a participação de diversas filarmônicas, inclusive do interior do estado" declara Dantas.   

O evento visa mostrar que as bandas pertencem ao acervo cultural da Bahia, além de apresentar um grande número de crianças e jovens na sua composição, o que representa, além do trabalho social, uma renovação constante no meio musical. Já que as filarmônicas formam músicos para diversos segmentos como bandas militares, igrejas, orquestras sinfônicas e grupos de música comercial.

Este ano a comemoração das duas décadas, será por conta das filarmônicas: Sociedade Filarmônica Minerva Cachoeirana, banda centenária cuja biografia se confunde com a própria história da cidade de Cachoeira; a Filarmônica Euterpe Alagoinhense, importante instituição musical, da cidade de Alagoinhas, que prestara homenagem ao mestre Zinho de Aramari, falecido ano passado; a mais nova e convidada especial deste ano, a Banda de Música da Guarda Municipal de Salvador; a Sociedade Filarmônica 2 de Janeiro da cidade de Itiúba, que mais formou jovens músicos em 2010; E a banda anfitriã, organizadora do encontro durante todos esses anos, a Sociedade Musical Oficina de Frevos e Dobrados, que completa 28 anos de existência, sob a direção e regência do maestro Fred Dantas.

O evento será aberto com o hino ao 2 de julho. Na sequência cada banda apresentara seis músicas com um repertório diversificado com forró, axé, músicas regionais e outras. Terá também a declamação de versos como: "Ode ao Dous de Julho", de Castro Alves.