Nesta segunda-feira, 13, comemora-se o Dia de Santo Antônio o santo casamenteiro e taumaturgo português que faleceu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231. É um santo muito popular na Bahia, o qual curiosamente está associado a promover "milagres" com solteiras que estão em busca de um casamento, e não pelo fato de ser piedoso, francisacano pregador e renomado teólogo místico.

   Em enquete realizada por este BJÁ, ninguém acertou a origem da chegada deste santo na Bahia. A maioria, 33.33% disseram que foi Tomé de Souza, que trouxe sua imagem para a Bahia; em segundo, marcaram José de Anchieta, com 27.78%; terceiro, Garcia D'Ávila 16.67%; e em quarto Mem de Sá e Duarte da Costa, com 11.11%.

   A imagem de Santo Antonio chegou a Bahia, segundo frei Jaboatão, em 1595, trazida por franceses luteranos que tentaram conquistar a Colônia. Teriam usurpado essa imagem de uma capela em Argoim, na África, e com zombarias a colocaram numa das naus para que o santo ensinasse o caminho da rota até Salvador.

   Um temporaral destruiu parte desta frota de muitas velas e uma das naus chegou a Itapuã, litoral da Bahia, justamente a que conduzia a imagem de Santo Antônio.

  Essa imagem foi levada para o senhor de Tatuapara, Francisco Dias D'Ávila e depois conduzida a Salvador, para a igreja da Ajuda, sendo o primeiro padroeiro da cidade do Salvador. Depois foi levada para o convento de São Francisco.

  É uma longa história. Dom João VI, no século XIX, achou que o santo protegeu o estado português na Bahia diante da invasão dos franceses e lhe confere os títulos de sargento-mór (major) e tenente-coronel, com soldo pago aos franciscanos.

  LOUVORES

  Na data de hoje várias igrejas na capital comemoram em louvores a Santo Antônio, no outeiro da Barra, na Piedade, Mouraria, Liberdade e em lares. No interior a festa é promovida em várias cidades, especialmente Queimadas, Santo Antonio de Jesus e Jequié.