Cultura

POLÊMICA EM FEIRA COM ESCOLHA DA "RAINHA GORDA" PARA MICARETA 2011

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| 20/04/2011 às 10:22
Hervânia Fagundes gera polêmica em Feira com quebra de paradigama da beleza
Foto: DIV
  O assunto mais comentado em Feira de Santana não é a sucessão municipal, agora também com o desejo do senador João Durval (PDT) em ser candidato, e sim a escolha da rainha da Micareta, Hervânia Fagundes, já apelidada de a "Rainha Gorda", numa quebra de paradigma que agradou a "gregos e troianos"; e desagradou a "gregos e troianos".

  O assunto chegou a Assembleia Legislativa da Bahia com comentários para o BJÁ dos deputados Zé Neto (PT) e Carlos Geilson (PTN), ambos entendendo que é preciso respeitar a vontade popular e a decisão dos jurados, mas, também entendendo que é inusitado, com tema que mexeu com a comunidade e tem dado o que falar.

  O certo é que Hervânia, segundo os deputados, "arrasou" na passarela, foi a mais animada, caiu nas graças do público, deixou o prefeito Tarcízio Pimenta boqueaberto, mas, respeitando a decisão soberana dos jurados, e o assunto segue na ordem do dia até que, o reinado de sua majestade se encerre ao findar da Micareta, em 1º de maio.

  E, se a Prefeitura de Feira, anuncia mais de 130 atrações para a festa, a rainha Hervânia, com certeza será destaque.

  COMENTÁRIO DO BLOG DA FEIRA
 

A escolha feita "na calada da noite" deixou estragos na manhã seguinte. A eleição da Rainha da Micareta de Feira de Santana, para o exercício de 2011, virou a piada de uma segunda-feira chuvosa e assunto para puxar conversa pelos próximos dias. Para contrariar a escolha previsível do simpático rei Dilsinho, teve a inusitada eleição da nova rainha, Hervânia Fagundes, 21 anos, 1.48m de altura e peso inversamente proporcional.


O nome da jovem candidata pedia para ser borrado pelos jurados já nas seletivas, mas alguém emprestou o corretivo. Quando abriram as inscrições, talvez o mantra positivo de outra rainha tenha inflado a autoestima da baixinha que cresceu ignorando a balança e agora atropelava a opinião alheia para receber um título previamente negado. Só bastou acreditar no sonho. Hoje, pesadelo para as demais concorrentes.


Se o corpo (no sentido abstrato da palavra) de jurados fosse formado por uma turma de marqueteiros, a escolha seria considerada a mais fantástica jogada de marketing de todas as edições micaretescas. A Micareta de Feira alcançaria a lista dos assuntos mais comentados do Twitter e Hervânia seria a atração do Domingão do Faustão da próxima semana. Faltou o toque profissional para chegar lá. Valeu a falta de intenção.


Ao que parece, o júri feminino só quis protestar contra um padrão de beleza imposto à mulherada, incluindo as Hervânias, e chutaram o pau da barraca. Afinal, desde quando o regulamento do concurso estipulava o manequim da nova rainha? Ou que o rosto da realeza deveria ser a reprodução do robô da Flávia Alessandra? Se o "Rei dos reis" decretou que não precisa ser magra para ser formosa, que as baixinhas têm sua vez, que as míopes têm seu lugar ao sol, e até mesmo a marca da Micareta se esqueceu de ser bonita, por que diabos estão discutindo isso?


Pelo visto, pouca gente entendeu o tom de protesto das juradas, que também devem ter celulites, como toda mulher que não foi capa da Playboy. Mas o que se alastrou pela cidade foi a indignação de quem nunca esteve nem aí para a eleição, considerada fútil para os intelectuais que agora fazem considerações. Alguém aí lembra o nome da gostosona eleita na Micareta passada? Ah... Com Hervânia será diferente. Se o nome não vier à cabeça, os quilinhos a mais da candidata hão de pesar (juro que tentei mudar o verbo) na memória do feirense. Já tem muita eleição efêmera nesta cidade.


A capital do axé elegeu o primeiro Rei Momo magro em 2008, e não parou por aí.  Desta vez, a feminista Feira de Santana também saiu na frente e queimou o sutiã (tamanho 48) no Teatro Margarida Ribeiro. Não vamos parar, tá certo? Hervânia quebrou padrões e testou nosso poder de julgamento. Analisando a questão superficialmente, tudo não passa de uma brincadeira de mau gosto. Quem ousar uma interpretação mais crítica dessa escolha acidental enxerga, ao menos, o quanto somos previsíveis na avaliação.


Nós somos o Dilsinho que se reelege Rei Momo. Não entendemos Hervânia e seus atributos desconhecidos. Lançamos nela olhares vestidos com um abadá multicolorido e apertadinho. Vamos respirar em um número maior. Hervânia é reboliço. Hervânia é o retrato dadaísta de uma rainha micareteira. Ai que vontade de repetir sua graça: Hervânia, Hervânia, Hervânia. Que nome bonito! Não?


Egberto Siqueira
egbertosiqueira@blogdafeira.com.br

COMENTÁRIO DO BLOG DO KUELHO

Rafaela Rodrigues
 

Dilson Chagas e Hervânia Fagundes foram eleitos ontem rei momo e rainha da micareta de Feira 2011. Numa festa bastante animada, realizada no teatro Margarida Ribeiro foram 9 candidatas concorrendo a soberana do reino e 3 candidatos disputando a vaga para imperar na primeira micareta do Brasil. Para a corte "Maneca Ferreira", as princesas escolhidas foram Priscila Patrícia Oliveira Mendes e Manoela do Carmo Santos Bacelar.
 
Os nomes dos vencedores foram anunciados pela primeira-dama e deputada estadual Graça Pimenta que também presidiu a mesa de jurado. Ainda fizeram parte do jurado Maria Luiza Coelho, do Centro de Referência Especializado Maria Quitéria; professora Lindinalva Cedraz, chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Educação; colunista social Lília Campos; Elizama Mendes, da Divisão de Manutenção da Secretaria de Saúde; professora Yara Oliveira, colunista Christi Helmand e Alex Pessoa.

A rainha recebeu prêmio de R$ 1.500,00, entregue pelo prefeito Tarcízio Pimenta, e brindes das mãos do secretário de Transportes e Trânsito, Flailton Frankles. Enquanto isso, cada princesa recebeu R$ 800,00 e brindes, entregues pelos deputados José Neto e Carlos Geilson e os vereadores Alcione Cedraz e Sebastião Souza.

Por Rafaela Rodrigues