Poderosa, desejada, independente e confiante. É nessa pegada, como ela mesma diz, que a funkeira Taty Princesa lançou a música Ele Treme Comigo. Vivendo um relacionamento há 4 anos com o empresário Marcelo Braga, a funkeira garante que é boa de cama e que o funk ajuda muito no seu desempenho entre quatro paredes.

"Quando a mulher acredita na música, com certeza ela vai ser melhor na cama. A música me ajudou e torço para que Ele Treme Comigo sirva de inspiração para outros casais", comenta.

Para quem pensa que a Taty recorre a fantasias ou brinquedinhos de sex shop para esquentar a relação a dois, ela avisa: "detesto fantasia. Acho que eu ia começar a rir. Também nunca tive lingerie vermelha. Tudo que for para apimentar a relação é válido, mas tem que ser bom para os dois. As pessoas devem procurar outras formas de sentir prazer sempre".

Seguindo seu próprio conselho, ela conta que, na adolescência, buscava locais pouco comuns para namorar. "Já tive época de querer transar fora de casa, na praia, no carro... O lugar mais inusitado, no entanto, foi no banheiro de um cinema. O filme estava bom, mas o namoro estava bem melhor", revela a musa, sem pudores.

Hoje, com 29 anos e mãe de João Guilherme, 11 anos, e Maria Vitória, 6, Taty já não ousa mais como no passado. "Você vai amadurecendo e aprende outras coisas, conhece mais seu parceiro. O importante é estar com a cabeça boa. Quando você consegue um equilíbrio, você faz qualquer um tremer", sentencia a Princesa.

Nova música

Provocadora, a letra, que exalta o poder de sedução feminino, já ganhou até uma resposta do sexo oposto. "Na hora de cantar, muitos homens falam 'ela' no lugar de 'ele'. Mas a gente vai corrigindo até eles aprenderem. A questão é tremer de qualquer jeito", brinca Taty.

Segundo a loura, embora alguns ainda relutem em deixar o machismo de lado, está ficando cada vez mais difícil negar que as mulheres estão brigando de igual para igual. "Esta música tem a ver com o momento que estamos vivendo. Temos até uma Presidenta. Nós gostamos de estar em posição de poder e temos a opção de escolher: não estamos ali por ser um objeto, mas sim porque queremos estar", filosofa Taty, que também é formada em Psicologia.

Seu colega no mundo do funk, Mc Koringa concorda que hoje as mulheres estão assumindo o controle e se valorizando. "Elas estão cada vez mais dando o seu recado, até mesmo na música, que é o grito de independência delas. Os homens estavam acostumados a ter o poder e, agora, se surpreendem com certas atitudes. Eles acabam tremendo de verdade", conclui. Já Mr. Catra, que é pai de 20 filhos com mulheres diferentes, tem outra opinião. "Eu acho que cada um tem que se colocar no seu lugar. Para mim, a mulher é sagrada. A sociedade é como o sexo: uma hora o homem está por baixo, outra por cima", decreta