Cultura

10ª BIENAL DO RECÔNCAVO SÓ VAI ATÉ O PRÓXIMO DOMINGO, DIA 27

VIDE
| 22/03/2011 às 10:24

A 10ª Bienal do Recôncavo - maior e mais significativo evento das artes visuais no Norte-Nordeste - encerra-se no próximo dia 27 de março, domingo, promovendo diversos eventos gratuitos para o público, além da visitação às obras selecionadas e premiadas no Centro Cultural Dannemann, em São Felix. Nesta quinta-feira, dia 24 de março, às 20h30, haverá palestra da professora Lúcia Queiroz, da Universidade Federal do Recôncavo, sobre o tema "Desenvolvimento Sustentável em Comunidades: Desafios e Possibilidades". A entrada é franca.  


Na sexta-feira, dia 25 de março, também às 20h30 e com entrada gratuita, o professor e pesquisador Antonio Liberac (UFRB) falará sobre  "A Capoeira e a Iconografia: Um Estudo sobre a História da Cultura Popular". E no dia 26, sábado, o tema em questão será "Reflexões sobre uma Arqueologia da Escravidão Antiga", com o professor Fábio Duarte Joly. Neste mesmo dia, a programação será encerrada com o show musical "Escola Pública", reunindo dez músicos, sob direção de Pedro Patrocínio e Breno Tsokas.  No dia 27, domingo, haverá o encerramento da bienal, que foi aberta em novembro de 2010 e em quatro meses bateu recorde de visitação.

Estão à mostra no Centro Dannemann os cerca de 200 projetos selecionados para esta edição, entre os quais as obras premiadas pelo júri, nas mais diferentes linguagens: da pintura à escultura, passando por fotografia, instalação, vídeo e outras poéticas. Em destaque, a grande obra vencedora, de autoria do artista plástico baiano Pedro Marighela, que conquistou como prêmio uma viagem à Europa acompanhado de um curso na sua área de atuação artística. A Bienal poderá ser visitada diariamente, das 9h às 12h e das 14h às 17h.


Evento maduro


A Bienal do Recôncavo, em suas dez edições até agora, conquistou o reconhecimento público ao revelar talentos importantes das artistas plásticas regionais e incentivar a qualidade artística. Um dos destaques do evento ao longo do tempo foi o artista plástico Marepe, premiado na primeira edição e hoje um nome reconhecido internacionalmente, com passagem pela importante Bienal de Veneza. Outro destaque é o artista plástico Joaozito, vencedor da segunda edição do evento e hoje artista plástico e cenógrafo conceituado nacionalmente. 


Os 200 trabalhos selecionados nesta edição apontam para a diversidade de estilos e tendências artísticas. Como observaram por unanimidade os membros da comissão, o julgamento foi trabalhoso, complexo, porém compensador: "Tivemos um número considerável de trabalhos de bom nível nas mais diferentes áreas e linguagens", avalia o videoartista Danilo Barata, que integrou a comissão. Por sua vez, Raul Córdola, que vem acompanhando a produção baiana desde que foi convidado para implantar o Salão de Artes do Museu de Arte Moderna da Bahia, considera "excelente" o nível dos trabalhos concorrentes nesta edição. A seu ver, isso reflete não apenas a contemporaneidade perseguida pelos artistas, estimulados pelo processo de globalização, como a eficiência das políticas públicas do estado da Bahia nesta área.