Cultura

BATE-PAPO COM LAURENTINO GOMES NA SARAIVA NO SALVADOR SHOPPING, 26

VEJA
| 25/10/2010 às 12:19
Amanhã, 26, Laurentino Gomes estará em Salvador, na Saraiva MegaStore do Salvador Shopping, as 19h, para falar com os leitores sobre "1822: Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar certo".

Autor do bestseller "1808", o jornalista e escritor Laurentino Gomes lança o livro "1822", um relato detalhado sobre a Independência do Brasil. Composta de 22 capítulos intercalados por ilustrações de acontecimentos e personagens da época, a obra cobre um período de quatorze anos, entre a volta da corte portuguesa de D. João VI a Lisboa, em 1821, e a morte do imperador D. Pedro I, em 1834. Publicado pela Editora Nova Fronteira no Brasil, o livro será lançado simultaneamente em Portugal pela Porto Editora. Além da edição impressa, os leitores brasileiros terão acesso ao conteúdo da obra em diversos formatos multimidia, incluindo livro digital, audiolivro e site na internet.

"Este livro procura explicar como o Brasil conseguiu manter a integridade do seu território e se firmar como nação independente por uma notável combinação de sorte, acaso, improvisação, e também de sabedoria de algumas lideranças incumbidas de conduzir os destinos do país naquele momento de grandes sonhos e perigos", explica o autor. "O Brasil de hoje deve sua existência à capacidade de vencer obstáculos que pareciam insuperáveis em 1822. E isso, por si só, é uma enorme vitória." Segundo Laurentino, o Grito do Ipiranga foi conseqüência direta da fuga da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808. "Ao transformar o Brasil de forma profunda e acelerada nos treze anos seguintes, D. João tornou a separação inevitável", diz ele.


"1822" é resultado de três anos de pesquisas, durante os quais o autor leu ou consultou cerca de 170 livros e outras obras de referências sobre o tema no Brasil e em Portugal. Também percorreu diversos locais dos acontecimentos ligados à Independência do Brasil ou à vida de D. Pedro I nesses dois países. Entre outros lugares, refez o caminho percorrido por D. Pedro do Rio de Janeiro a São Paulo na véspera do Grito do Ipiranga, em 1822.

Também esteve no Piauí, local da Batalha do Jenipapo, travada no dia 13 de março de 1823 e na qual morreram cerca de 400 brasileiros lutando contra uma bem armada e treinada tropa portuguesa. Em Portugal, o autor visitou o Arquipélago dos Açores e as linhas de trincheiras do Cerco do Porto, episódio da guerra civil entre D. Pedro e seu irmão D. Miguel de 1832 a 1834. "O trabalho de campo é o que diferencia um livro reportagem como este", afirma Laurentino. "A técnica jornalística permite observar esses locais e constatar que, apesar da grande distância no tempo, eles contêm ainda hoje informações relevantes".


Durante o trabalho de pesquisa, Laurentino teve a orientação do diplomata, ensaísta, historiador, poeta e acadêmico Alberto da Costa e Silva, um dos mais respeitados intelectuais brasileiros. Membro e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, Costa e Silva é considerado hoje o maior especialista brasileiro em África, autor das várias obras fundamentais para a compreensão da história do tráfico negreiro para a América. Entre novembro de 2009 e junho de 2010, período em que autor escreveu o livro, o "embaixador" (como os amigos o chamam de forma carinhosa) leu e anotou cada um dos capítulos, ajudando a corrigir enfoques, datas, nomes e informações. "Esta obra deve grande parte de sua consistência e credibilidade ao trabalho do embaixador", afirma Laurentino.