Cultura

CONVERSAS SOBRE CULTURA TRATAM DE APOIO ÀS ARTES CIRCENSES

Veja
| 27/09/2010 às 18:01
Depois de debater questões de "Manutenção de Grupos", "Residência e Ocupação de Espaços" e "Formação e Profissionalização do Artista", o Conversas sobre Cultura - Xisto Bahia chega à quarta edição nesta quinta-feira, 30 de setembro, para tratar do tema "Mecanismos de Apoio às Artes Circenses", das 14 às 18 horas. Instalado no foyer do Espaço Xisto Bahia (Barris) e aberto ao público, gratuitamente, o projeto reúne protagonistas exemplares dos temas propostos, para que eles próprios possam apresentar a realidade prática da atuação na área cultural, analisando iniciativas que vêm sendo utilizadas para a promoção da cultura e que se mostram como soluções para beneficiar artistas e público.
 
Desta vez, tendo a perspectiva de discutir as aplicações das políticas públicas voltadas ao circo, estará também presente à mesa um representante do Estado: Marcos Teixeira, coordenador de Circo da Fundação Nacional de Artes (Funarte), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), é um dos três convidados do primeiro bloco do encontro, às 14 horas, cuja pauta específica é "Mecanismos de Apoio". Unem-se a ele Anselmo Serrat, figura de excelência do circo baiano, criador e diretor do Circo Picolino e presidente da Cooperativa de Circenses da Bahia (que representa mais de 30 circos, grupos e artistas circenses), e o produtor cultural Tiago Alves.
 
No segundo bloco, "A Visão do Artista", às 16 horas, Cássia Barros Silva, do Circo Washington, entidade com mais de 30 anos de história, e Norma Sueli Cardim, do Circo Jamaica, que acumula duas décadas de atuação, vão falar de suas experiências - inclusive daquelas proporcionadas através de editais em que foram contempladas. A ideia é de permitir a troca e de revelar, avaliar e questionar, através da vivência dos convidados, de maneira participativa, as possibilidades de apoio para as artes circenses disponibilizadas pelas três esferas do poder público - municipal, estadual e federal.
 
O projeto Conversas sobre Cultura - Xisto Bahia é uma iniciativa da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).
 
Sobre Mecanismos de Apoio às Artes Circenses
Na Bahia, desde a criação do Núcleo de Artes Circenses, em 2007, a FUNCEB/SecultBA tem buscado apoiar esta importante e popular linguagem artística através de ações especificamente voltadas para a área. Além de financiamentos concedidos através dos três anos do Calendário de Apoio a Projetos Culturais e de duas edições do edital Fura-Fura - Apoio às Artes Circenses no Estado da Bahia (um certame então inédito na Bahia), tem-se investido em encontros setoriais e oficinas técnicas, numa estruturação de uma política pública estadual que consagre o valor do circo. Para tanto, foi também realizado o Mapeamento e Memória do Circo da Bahia e editada a Cartilha do Circo, um manual instrutivo sobre as normas e legislações que devem ser conhecidas por agentes culturais e dirigentes públicos do Estado e de seus municípios para o acolhimento de circos.
 
Nacionalmente, o Ministério da Cultura, através da Coordenação de Circo da Funarte, tem buscado transformar as necessidades e anseios dos artistas desse segmento em políticas que aprimorem, desenvolvam e consolidem a linguagem circense. Entre os editais de fomento lançados, estão o Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo, Prêmio Funarte para Aquisição de Lona Circense e Acessórios, Bolsa Funarte de Incentivo à Criação e Aperfeiçoamento de Números Circenses, Bolsa Funarte para Pesquisa da Arte Circense e Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua - este último com abrangência também para as áreas de Dança e Teatro. Já com o objetivo de aprimorar os conhecimentos do profissional do circo, foram realizadas as Oficinas de Capacitação de Gestores de Empresas Circenses em quase todo o Brasil.
 
Entre os planos futuros, além da reedição dos editais anteriores e de novas oficinas de capacitação, a Coordenação de Circo da Funarte prevê o mapeamento da atividade circense no país, a reedição da campanha Receba o Circo de Braços Abertos, a realização de encontros e debates com curadores de festivais, a campanha pela regulamentação da participação dos animais em espetáculos circenses, a campanha pela unificação nacional da documentação exigida para instalação dos circos e a criação de um fundo de emergência.
 
Na capital baiana, a Prefeitura Municipal não apresenta mecanismos de apoio direcionados às artes circenses.