Marisa Vianna explica que a expressão Miserere é oriunda do latim. Ela aprece no salmo mais precisamente no 51, chamado de Miserere. Seu texto começa com as palavras Miserere mei, Deus ("Senhor, tende misericórdia de mim"), o que fez com que viesse a ser conhecido por Miserere. "É uma expressão antiga, mas ainda muito atual diante da carência em que vive muitos dos nossos irmãos", diz a fotógrafa.
Ela afirma ainda que se dedicou inteiramente durante mais de uma ano e de forma voluntária a este projeto. "Ele é o resultado da mobilização do meu emocional diante do que vi ser feito na Santa Casa de Misericórdia da Bahia", afirma.
A expectativa da Santa Casa é que esta exposição contribua para que educadores, jovens, estudantes e outras tantas pessoas abracem trabalhos voluntários e enxerguem sua importância.
Os levantamentos mais recentes dão como certo que pelo menos 20 milhões de pessoas atuam como voluntárias. Embora incapaz de acabar com a miséria, esse exército grandioso ajuda a atenuar o sofrimento de milhões de brasileiros.
Solidariedade
Segundo o superintendente de Ação Social e Cultura da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Raymundo Dantas, o propósito maior dessa exposição é utilizar a arte como instrumento de divulgação da filantropia, da ajuda ao próximo. "Acreditamos que a arte tem o poder de atingir os sentimentos das pessoas e é através dela que esperamos chamar a atenção para o que fazemos", diz Dantas.
A exposição é uma produção cultural da própria Santa Casa de Misericórdia da Bahia, com o apoio do Governo do Estado da Bahia, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Instituto Casa da Photografia. Ela ficará em cartaz até o dia 20 de outubro, no Museu da Misericórdia, localizado na Rua da Misericórdia, 6, Centro Histórico.