segunda-feira, 14 de outubro de 2024
A peça aborda com muito humor a língua portuguesa falada no Brasil, onde a população usa cerca de 10 mil palavras de origem indígena, diariamente, sem se dar conta. Sem didatismos, Um Caso de Língua alia divertimento e informação, mostrando um desenho dos diversos aspectos que forjaram o idioma nacional. É através da criação de tipos pitorescos e seus falares que o ator Urias Lima (Comédia do Fim) se colocou sob a direção de Carmem Paternostro (Dendê e Dengo) para trazer ao público esse seu segundo trabalho solo. Sem perder o tom observador-mordaz sobre a diversidade da língua nacional, o ator faz desfilar diante do espectador inúmeros aspectos da riqueza prosódica do português falado no País.
A montagem, ganhadora Prêmio Braskem de Melhor Ator de 2008 e do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2007, é fruto de mais de quatro anos de anotações, leituras e também de cuidadosa pesquisa sobre a origem da língua falada no país. O espetáculo faz um mosaico da formação do Português Brasileiro, a partir das influências de três matrizes lingüísticas: africana, portuguesa e tupi.
Serviço:
Quando: 01 a 29/09 (quarta-feira)
Horário: 20h
Valor: R$ 10 (inteira) R$5 (meia)
Onde: Teatro Gamboa Nova
Classificação: 15 anos
Informações: (71) 3329-2418
http://www.teatrogamboanova.com.br/
· O Nórdico com Thor Vaz
Vencedor do Festival de Cinema Digital de Jericoacoara (CE), na categoria melhor ator, pelo curta-metragem 300 dias, Thor Vaz (Peter Punk e Escape) estréia o solo O Nórdico, que aborda a solidão e a esquizofrenia com um viés psicanalítico. Com trilha sonora executada ao vivo pelos músicos Tomaz Mota e Leopoldo Vaz Eustáquio, a peça apresenta um personagem cujas companhias misteriosas são animais que aparecem, vez por outra, e não lhe dão atenção. Mas na verdade, esses bichos são projeções do inconsciente. "É um tratado poético e filosófico sobre a solidão. Confuso num universo paralelo, o personagem expõe seus devaneios sobre pessoas e deuses com um discurso que transborda humor sarcástico e corrosivo", explica Vaz que divide a direção com Nando Zâmbia.
O processo de construção de O Nórdico, em maio, no Gamboa Nova, trouxe como ponto de partida o ator/performer em direta contracena com a iluminação, a trilha sonora e o fluxo de improvisação. Assim, essa tríade se tornou responsável pela criação de uma narrativa lógica, lírica e latente. A partir de algumas experimentações, o trabalho ganhou forma e a estética teatral - que antes figurava como performance contínua e particular - apareceu. Suas bases foram às pesquisas cênicas dos teóricos Artaud e Grotowski, além da utilização de recursos retóricos semelhantes às técnicas do contador de histórias Griô.
Serviço:
Quando: 02 a 30/09 (quinta-feira)
Horário: 20h
Onde: Teatro Gamboa Nova
Valor: R$ 10 (inteira) e R$5 (meia)
Classificação: 14 anos
Banquete 1 - Terrorismo Poético
com Thiago Enoque
Acostumado a se apresentar nas ruas e praças de Salvador, o palhaço-cidadão Sabiá, interpretado pelo ator e dançarino Thiago Enoque (O Olhar Inventa o Mundo/ O Conteiner), estreia Banquete 1 - Terrorismo Poético. Construído a partir das experiências em locais públicos, o espetáculo adulto traz números debochados de bufonaria com direito a muita mímica e também bastante anarquia e poesia. "Um Banquete dos famintos aos que têm fome", sintetiza o intérprete que assina a direção com Caxambó.
Enoque é um artista que direciona suas investigações e pesquisas para a atuação em cena através do teatro, circo, dança e performance. Licenciado em Dança pela Universidade Federal da Bahia, desenvolve suas atuações associando as possibilidades corporais aos fazeres da cena. Neste caminho, vem construindo uma linguagem de atuação própria, mesclando conhecimentos empíricos e autodidatas com técnicas e teorias cênicas. A iniciação na arte da palhaçaria começou em Brasília, sua cidade natal, e há quatro anos foi trazida para as ruas e teatro da capital baiana.
Serviço:
Quando: 04 a 25/09 (sábado)
Horário: 17h
Valor: R$ 10 (inteira) R$5 (meia)
Onde: Teatro Gamboa Nova
Classificação: 14 anos
Canto in Verso no show Ambiente-se
Em Ambiente-se canções consagradas e de novos nomes da MPB são costuradas com poemas, dando origem a um show que versa sobre questões ambientais. No repertório do Canto in Verso, músicas que retratam a natureza, apontam a degradação do verde, chamam atenção para a harmonização com o natural ou simplesmente realçam a beleza do mundo. O grupo integra a poesia à música e pratica os conceitos de pluralidade e interação, acreditando neles como forma de crescimento pessoal e coletivo. Formado pela cantora Dora Baiana, o poeta José Abbade e o violonista e diretor musical Marcelo Issa, o Canto in Verso pretende aproximar o grande público da Literatura através do lúdico, e chamar atenção para temas de relevância social.
Serviço:
Quando: 03 e 10/09 (sexta-feira)
Horário: 20h
Valor: R$ 10 (inteira) R$5 (meia)
Onde: Teatro Gamboa Nova
Classificação: livre
Informações: (71) 3329-2418
http://www.teatrogamboanova.com.br/
M.P. Bala no show M.P. Bala
O grupo musical tem por proposta a execução de canções autorias em apresentação que mistura recentes e tradicionais sucessos do cancioneiro nacional. O M.P.BALA, além de canções originais, inclui em seu repertório medalhões da mpb como Djavan, Lenine, Alceu Valença, Carlinhos Brown dentre outros. A sonoridade deles é marcada por forte apelo percussivo, que compactua com as referências de seus integrantes, sem deixar de fora outros estilos locais, perceptíveis nas roupagens dadas às releituras.
Serviço:
Quando: 04 e 11/09 (sábado)
Horário: 20h
Valor: R$ 10 (inteira) R$5 (meia)
Onde: Teatro Gamboa Nova
Soraya Aboim no show Canto D'água
No novo show, a cantora Soraya Aboim traz canções com temática das águas em diversas abrangências simbólicas, sobretudo, emotiva, reflexiva e sensitiva. No repertório de Canto D'água consta: Promessa de Pescador (Dorival Caymmi), Agradecer e Abraçar (Vevé Calazans e Gerônimo), e uma reverência à rainha das águas doces com É D'Oxum (Gerônimo e ainda releituras de Namoro a Dois, sucesso da Timbalada, e De onde vem a calma (Marcelo Camelo). Acompanhada pelo violonista Cléber Aguiar e o percussionista Ricardo Hardman, Soraya recebe durante a temporada realizada aos domingos de setembro, os convidados Marcelo Neder (05/09), Vevé Calazans (12/09) e Xangai (26/09). A apresentação tem como cenário o pôr-do-sol da Baía de Todos os Santos, visto através da parede de vidro no fundo do palco.
Serviço:
Quando: 05 a 26/09 (domingo)
Horário: 17h
Valor: R$ 10 (inteira) R$5 (meia)
Onde: Teatro Gamboa Nova
Classificação: livre
Cacimba com Patrícia Ferraz
Resultado duma pesquisa de linguagens que mistura dança, vídeo e música, o espetáculo utiliza essas interfaces como recursos para criar a noção de tempo como um constante passagem dos ciclos femininos. A cenografia de Cacimba traz as cabaças como objetos cênicos que compõem com o corpo, a imagem e a sonoridade, uma constante mutação de estados e atmosferas. A intérprete-criadora Patrícia Ferraz atua pesquisa há 14 anos o corpo cênico do artista brincante e atua com a produção de registros audiovisuais e constituição de acervos sobre dança e música. É bacharel e licenciada em Dança e Movimento pela Universidade Anhembi-Morumbi.
A outra criadora de Cacimba, a videomaker argentina Inês Gómez, tem graduação em Direção de Cinema na Escola Nacional de Direção e Experimentação Cinematográfica (ENERC) em Buenos Aires. Escreveu e dirigiu vários curtas-metragens. Em 2004 foi premiada pelo Fundo Nacional das Artes pelo curta Ainda podemos sonhar. A partir de 2006, começou a mergulhar no mundo da dança, buscando fazer um elo entre a sua corporalidade e a imagem, a pesquisa em dança-afro a vez morar na Bahia. Montagem ganhadora do Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna.
Serviço:
Quando: 17,18, 24 e 25/09 (sexta e sábado)
Horário: 20h
Valor: R$ 10 (inteira) R$5 (meia)
Onde: Teatro Gamboa Nova
Classificação: 12 anos
Priscila Pimentel apresenta na exposição Erotomania cenas trabalhadas quadro a quadro que atiçam a memória e a fantasia a partir da sensualidade feminina. Composta de 15 telas, com dimensões 29x38cm, a mostra se originou num ensaio fotográfico infrutífero, clicado pela própria artista plástica, que ao revisitar o arquivo numa gaveta teve a idéia de desenhar as fotos em formato de HQ, mas desprovida de uma narrativa linear comum ao gênero. Assim, diante do desafio de dar nova forma a um elemento de reprodução exata, nasceu a montagem. Usando restos de tintas aquarela e guache, grafite, carvão e pincéis gastos, ela constrói diversos diálogos e provoca inusitadas reações, utilizando poucos e sempre os mesmos elementos cênicos. O trabalho cheio de texturas e nuances traz ainda trechos da música C´es petits riens, de Serge Gainsbourg. Versátil e dinâmica, Priscila é formada em Artes Plásticas pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia e atualmente cursa licenciatura em artes cênicas na mesma instituição.
Serviço:
Galeria Jayme Fygura, Teatro Gamboa Nova
Quando: até 03/10.
Horário de visitação: quarta a domingo a partir das 16 horas.
Entrada gratuita
