Cultura

ADÃO NEGRO ABRE BATE-PAPO MUSICADO EM LAURO DE FREITAS

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| 28/08/2010 às 21:48
Gritos e palmas tomaram conta do primeiro Bate-papo Musicado, com alunos do 9º ano da rede municipal de ensino, nesta sexta-feira, 27, na Escola 2 de Julho, em Itinga. Criado pela Secretaria Municipal de Educação, o encontro contou com o grupo Adão Negro e o ator, apresentador e compositor Jackson Costa, para comemorar o mês do estudante e festejar o resultado da Provinha Brasil que avalia o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Lauro de Freitas superou a meta prevista pelo órgão.
Para o secretário de Educação, Paulo Aquino, os 1200 alunos que estão saindo do ensino básico e entrando para o 2º grau têm motivos para comemorar. "Superamos em 2009, os índices do Idep previsto para 2012. Isso mostra que estamos no caminho certo".
Música, teatro, poesia e dança foram as linguagens utilizadas para abordar problemas como drogas, sexo, política, racismo e violência. O debate desses temas conscientiza os alunos sobre a importância de se tornar um cidadão critico  e preparado para enfrentar a vida.
Serginho Nunes, vocalista do Adão Negro, grupo que há 14 anos aborda nas letras a preocupação social, disse que o lúdico é fortalecedor para desenvolver a coerência dos jovens. "Ao cantar onde a desigualdade tenha fim/ eu louvei e vi as crianças da minha terra/ não morram de fome, a música faz pensar políticamente".
Durante o bate papo, os alunos fizeram perguntas aos convidados sobre  qualidade da educação e o bulling - uma discriminação praticada por alguns contra uma única pessoa. Serginho alertou o alunado  para estes problemas graves. "É preciso conviver com a diferença, respeitar a diversidade, são fatores essenciais para a formação dp cidadão".
O mediador Jackson Costa retratou o jovem como um transformador social. "A educação é o alicerce para tudo. A escola serve de instrumento para discutir problemas atuais e principalmente a rede pública que deve oferecer esse suporte. Tudo isso é possível quando o poder público se sensibiliza", afirma.
A aluna Tainara Oliveira, de 14 anos, ficou feliz em participar da atividade cultural. "É bom sair da rotina da sala de aula. A música é uma ferramenta para entender a linguagem do jovem. Não consigo conversar em casa sobre estes problemas, e na escola, a realidade é outra", completa sorridente.