Cultura

OS INSÊNICOS VOLTA A CARTAZ NO TEATRO VILA VELHA NO FINAL DO MÊS

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| 16/08/2010 às 18:12
Direção teatral de Andrea Elia e criação de Renata Berestein
Foto: DIV

Os Insênicos é um espetáculo teatral de criação coletiva dirigido pela atriz e psicóloga Renata Berenstein, e supervisionado pela diretora teatral Andréa Elia, com usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e membros da Associação Metamorfose Ambulante de Usuários e Familiares dos Serviços de Saúde Mental (AMEA). No palco, humor e drama permeiam as dificuldades que os U enfrentam e a maneira como eles entendem a vida.


O espetáculo que estreou em Junho de 2010 na Sala do Coro do TCA volta em cartaz em mais três apresentações na sala principal do teatro Vila Velha, nos dias 18, 24 e 25 às 20 horas. Com ingressos no valor de R$ 10 e R$ 5.


Encenada pelo grupo de mesmo nome, a montagem Os Insênicos é o resultado do projeto de oficina teatral "Em Cena Insanidade", idealizado por Renata Berenstein e aprovado pelo Edital nº33/2008 Cultura e Direitos Humanos, da Fundação Cultural do Estado, com o objetivo de discutir os direitos humanos através da linguagem teatral e conscientizar os usuários dos CAPs e membros da AMEA de seus direitos. Um projeto pensado no encontro: o encontro do teatro com a saúde mental. O espetáculo conta com a assistência de direção de Guilherme Stadtler e acompanhamento da psicóloga lara Hardman.


Ao longo de toda a história da humanidade, a loucura ocupou um local marginalizado na sociedade. Atualmente o imaginário social ainda é impregnado por uma concepção da loucura institucionalizada e apartada do meio social. O espetáculo aproxima a platéia de questões relevantes na Saúde Mental apresentando situações enfrentadas por Usuários e mostrando como a arte se transforma num instrumento significativo de luta pela vida.

Fazer as aulas dessa oficina e, finalmente, subir num palco se transformou numa experiência das mais gratificantes para este grupo de 16 novos atores. Como resume um deles, José Raimundo dos Santos, "cinquenta por cento da minha vida eu fui considerado incapaz. Minha família, os médicos achavam que eu não poderia ser incluído na sociedade. Mas... Olha eu aqui!"