Cultura

IPAC LANÇA DVD SOBRE OS FESTEJOS DA DATA DA INDEPENDÊNCIA NA BAHIA

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| 01/07/2010 às 16:28

O Cortejo da festa do dia 2 de Julho, data comemorativa pela vitória dos baianos contra as tropas portuguesas que ocupavam a Cidade do Salvador, em 1823, é o tema do mais recente DVD do IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural) - órgão estadual da secretaria de Cultura (SecultBA) responsável pela salvaguarda dos patrimônios culturais baianos - que será lançado próxima sexta-feira (02.07) na TV Educativa/IRDEB, às 19 ou 22 horas, de acordo com a programação da TVE.

O ‘Cortejo de 2 de Julho' é registrado no Livro Especial dos Eventos e Celebrações do Estado como ‘Patrimônio Imaterial da Bahia' graças às pesquisas realizadas por equipe multidisciplinar do IPAC, integrada por sociólogos, historiadores, arquitetos, museólogos, antropólogos e outros profissionais. O livro reúne bens culturais considerados pelo governo estadual como os mais relevantes patrimônios imateriais da Bahia.

O novo documentário tem 26 minutos de duração, tiragem de duas mil cópias e será distribuído para escolas estaduais, universidades e órgãos de patrimônio, entre outras entidades. Sob o título ‘Cortejo 2 de Julho - Caminhos da Independência' o DVD exibe entrevistas do historiador Ubiratan Castro, diretor geral da Fundação Pedro Calmon (FPC), e do professor Paulo de Jesus diretor de Arquivos da FPC. O documentário apresenta imagens do curso itinerante ‘2º Percurso Patrimonial do IPAC' de maio deste ano (2010) que fez o mesmo percurso das tropas brasileiras quando da expulsão dos portugueses. O grupo passou por Pirajá, antiga estrada das Boaiadas - atual avenida Lima e Silva - bairros da Lapinha, Soledade, São José, Ladeira de Santo Antônio, até a Baixa dos Sapateiros, refazendo o roteiro de 187 anos atrás.

"Os bens culturais imateriais, como o ‘2 de Julho' asseguram a memória de um povo, sua história e cultura", diz o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça. Segundo ele só se valoriza o que se conhece. "Por isso, todos nós, agentes públicos e sociedade em geral precisamos conhecer a riqueza e importância da nossa história e nosso patrimônio cultural para poder preservá-lo", alerta Mendonça. Em 2008 o IPAC já havia lançado na ‘Agenda do Pelourinho Cultural' um guia do trajeto do cortejo, identificando ruas, praças, bairros e monumentos que compõem o trajeto, além de texto de autoria de Ubiratan Castro.

"Ao difundirmos dados, mapas, folders, documentários e cursos com especialistas sobre essas manifestações, possibilitamos a salvaguarda e difusão efetiva desse bem cultural intangível que passa a ser mais conhecido e praticado pelas futuras gerações", explica o diretor do IPAC. Dos patrimônios imateriais baianos, o IPAC também promoveu os registros da Festa da Boa Morte, em Cachoeira, Festa de Santa Bárbara em Salvador, e Carnaval de Maragojipe que ganhará publicação no segundo semestre deste ano (2010) do IPAC.