Cultura

MORTE DE WILSON MELO É PERDA ENORME PARA BOM TEATRO DA BAHIA

VIDE
| 30/05/2010 às 15:27

Morreu no sábado pela manhã, em sua casa no Rio Vermelho, o ator baiano Wilson Melo. Aos 77 anos, ele era hipertenso e vinha sofrendo com uma trombose. O sepultamento aconteceu às 16h30, no cemitério Jardim da Saudade.

Ator premiado, trabalhou em mais de cem peças e aproximadamente 20 filmes, entre eles Dona Flor e seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. Seu último espetáculo foi  O Terceiro Sinal (2008), dirigido por Deolindo Checcucci.


O ator tem entre seus trabalhos mais célebres duasmontagens da peça Quincas Berro D‘água. A primeira  encenada em 1972, em adaptação de João Augusto e a última em 1996, sob direção de Paulo Dourado.


"Apesar da idade, ele nunca perdeu as motivações iniciais do ato artístico. A Wilson nunca interessou ser um grande ator. Lhe interessava ser um ator, estar em cena", diz Dourado.


A alegria de viver e trabalhar nos palcos,  segundo amigos e parceiros de cena, era uma das principais características de sua personalidade.  "Ele fazia teatro sem dor. Não era um ator de queixa. Sua marca era o bom humor", conta Paulo Henrique Alcântara, que o dirigiu em Lábios Que Beijei, ao lado de Nilda Spencer (1924 - 2008).


Em nota de pesar o secretário de Cultura do Estado, Márcio Meirelles lamentou a perda. "Grande ator,  grande pessoa, companheiro. Malandro, eterno Quincas que encarnou, Wilson sai dessa vida para a Memória".