Cultura

CÂNDIDA DE BERNARD SHAW NO TEATRO SENAC A PARTIR DO DIA 2 DE ABRIL

vide
| 29/03/2010 às 17:00

Amor e casamento são os temas centrais da comédia Cândida, do dramaturgo irlandês Bernard Shaw (Prêmio Nobel de Literatura), com a atriz Bia Seidl no papel-título. O espetáculo cumpriu longa e vitoriosa carreira em São Paulo, além de passar por Rio de Janeiro, Porto Alegre e outras capitais. Completam o elenco os atores do Núcleo Experimental: Fernanda Maia, João Bourbonnais, Sergio Mastropasqua, Thiago Carreira e Thiago Ledier. A direção é de Zé Henrique de Paula (indicado ao Prêmio Shell de Teatro 2009). Estará no SENAC/Casa do Comércio, 2, 3 e 4 de abril.

Escrito em 1895 pelo dramaturgo irlandês Bernard Shaw, o texto ameaça colocar em cena um adultério a ser praticado por Cândida (Bia Seidl) - a devotada esposa do reverendo Morell (Sergio Mastropasqua), um pastor anglicano de ideologia socialista. Cândida encanta-se pelo aristocrata Marchbanks (Thiago Carreira), um jovem poeta. Ao invés de seguir os rumos esperados, porém, a peça tem um final surpreendente. "Uma das grandes questões da peça se coloca para Cândida: O que completa mais a mulher? Um marido provedor, um porto seguro, com quem ela vive uma rotina que não é necessariamente entediante, mas serena, um bom alicerce? Ou viver a aventura de compartilhar momentos intensos com um jovem poeta de 18 anos que a faz perder o fôlego com suas declarações de amor?", conta o diretor.

Ironia e irreverência marcam os personagens, incutindo ao enredo um tom de inteligência e alta teatralidade. Além dos três personagens que formam o triângulo amoroso central, completam a história o pai de Cândida, o capitalista insaciável Sr. Burgess (João Bourbonnais); a secretária do reverendo Morell, Srta. Prosérpina (Fernanda Maia), e o assistente do pastor, reverendo Lexy Mill (Thiago Ledier). A natureza da fé religiosa, o embate socialismo versus capitalismo, a decadência da nobreza e a Londres da era vitoriana também estão presentes na comédia.