Cultura

LANÇADOS EM SALVADOR PRIMEIROS LIVROS DA COLEÇÃO MEMORIAS DA BAHIA

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| 19/12/2009 às 09:28

Como parte das comemorações dos 50 anos da Fundação Econômico Miguel Calmon e dos 25 anos da criação do Museu Eugênio Teixeira Leal foram lançados na última quinta-feira, no salão de convenções do Ondina Apart Hotel, os dois primeiros livros da Coleção Memória da Bahia. Concebida em parceria com a Assembleia Legislativa, a coleção contará com cinco volumes reunindo conferências ministradas no Museu por especialistas de diversas áreas coordenadas pelo professor José Calazans entre 1985 em 1995, sempre com o tema relacionado a Bahia, Salvador e seu povo. Cerca de 600 pessoas compareceram rotativamente ao evento que começou às 16h45 e durou mais de quatro horas.


O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, foi agraciado com a Medalha Eugênio Teixeira Leal. Impossibilitado de comparecer por estar na presidência da longa sessão de votação da proposta orçamentária (em primeiro turno), foi representado naquele ato pelo assessor para assuntos de cultura, Délio Pinheiro. Ao agradecer a comenda com o respectivo diploma de honra, disse que levará ao presidente a distinção e as palavras calorosas de reconhecimento ditas no evento ? do presidente do grupo Econômico, Ângelo Calmon de Sá, e do conselheiro da Fundação Econômico Miguel Calmon, Antonio Pedreira de Freitas Burity.


RESGATE


A Medalha Eugênio Teixeira Leal é conferida a personalidades que contribuíram decisivamente para o seu funcionamento e para a execução de programas educativos eficazes e teve como justificativa o apoio ao projeto de resgate da série de palestras realizadas pelo Museu Eugênio Teixeira Leal. Para os dirigentes do Museu e da Fundação a singular sensibilidade de Marcelo Nilo para o fomento da cultura na Bahia é evidenciada pelo exitoso programa editorial promovido pela Assembleia Legislativa que permite às novas gerações acesso a livros fora do catálogo das editoras comerciais há décadas, além de biografias de personalidades que precisam ter a memória reverenciada.


Ao discursar, Délio Pinheiro lembrou que o programa editorial do Legislativo começou na gestão do presidente Antonio Honorato, foi ampliado e melhorado na gestão do presidente Clóvis Ferraz e se solidificou com Marcelo Nilo, lembrando que foi idéia dele criar a coleção ?Gente da Bahia?, grande sucesso do programa editorial e que conta de maneira acessível ao leitores a historia de pessoas ilustres como Carybé, Riachão, Mulher de Roxo, Riachão, Mestre Pastinha, Juarez Paraíso, Dom Timóteo Amoroso, Edison e Nelson Carneiro e Guido Guerra, já contando com 11 livros e com mais cinco programados para março, numa coleção que terá 40 biografias até o próximo ano. ?Somos hoje talvez a principal editora da Bahia. Só do Gente da Bahia já são 100 mil exemplares distribuídos, disse.


Ele destacou a importância da parceria que possibilitou o lançamento dos dois primeiros volumes da coleção informando que serão lançadas cinco no total reunindo 100 palestras de figuras eminentes do estado. ?A coleção agrega o pensamento de um conjunto de pessoas cujo valor intelectual faz falta na Bahia?, afirmou Délio Pinheiro, ressaltando a dedicação da equipe do Museu Eugênio Teixeira Leal, que com uma equipe pequena enfrentou o árduo trabalho de transcrever as palestras e editá-las.

O Patrono do Museu, o banqueiro e ex-ministro Ângelo Calmon de Sá, contou que a criação do Museu Eugênio Teixeira Leal demonstra a sensibilidade da diretoria da Fundação Econômico Miguel Calmon e do Banco Econômico que desde a sua origem teve em seus quadros pessoas sensíveis á necessidade de disseminação da arte, cultura e preocupação com a inclusão social. Ele citou várias ações nesse sentido desenvolvidas pela entidade, destacando o ciclo de conferências idealizadas pelo professor José Calazans. ?As palestras reúnem especialistas de diversas áreas e constituem um documento de valor inestimável pelos assuntos tratados e categoria dos palestrantes?, disse Calmon de Sá, que ainda lembrou o pioneirismo na implantação do Museu no Pelourinho, antes das reformas procedidas na década de 90.


Ele agradeceu a Assembleia Legislativa pela parceria que possibilitou a edição dos livros e em especial ao presidente Marcelo Nilo por estar fortalecendo o programa editorial da Casa Legislativa que presenteia a Bahia com obras importantes que precisavam ser recuperadas. Também elogiou a dedicação da equipe do Museu Eugênio Teixeira Leal, destacando a atuação da diretora Eliene Dourado Bina, afirmando que a gestora nunca deixou se abater com as dificuldades encontradas para a execução do projeto.


Participaram também do lançamento o ex-governador Roberto Santos, Francisco Senna, Clarindo Silva, Auta Rosa (viúva de Calasans Neto), Myriam Fraga, Luís Carlos de Andrade Ribeiro, Antonio Pedreira de Freitas Burity, Antonio Ivo, Maria Olímpia Dutzmann (presidente do Conselho Federal de Museologia), João Eurico Maia, Mário Mendonça, Paulo Cardoso, Sheila Landulfo, Claudius Portugal, Antonieta Aguiar, Paulo Dourado e Rita Maia, entre outros. Na solenidade, foi elogiado o desempenho impecável do Cerimonial da Assembleia e de alunas do curso de Turismo da Faculdade de Turismo Maurício de Nassau.