Cultura

ALEILTON FONSECA LANÇA "O PÊNDULO DE EUCLIDES" NA LDM, PRÓXIMO SÁBADO

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| 22/10/2009 às 07:16
Capa do novo livro de Aleilton Fonseca
Foto: Capa
  Na celebração do centenário de morte de Euclides da Cunha, Aleilton Fonseca homenageia o grande autor de Os sertões. Com a região nordestina da Guerra de Canudos como cenário, O pêndulo de Euclides, novo romance do escritor baiano, apresenta um debate inteligente e instigante sobre um dos mais sangrentos conflitos brasileiros. Tudo retratado, de maneira leve e encadeada, pela visão de um professor baiano, um viajante francês e um poeta. Lançamento dia 24, das 10 às 13h, na LDM, Piedade.


  Mas o que há em comum entre esses personagens? Aparentemente nada. Entretanto, a cada página do romance, a relação entre eles fica mais nítida para o leitor: há todo um clima de encanto e curiosidade pela Guerra de Canudos e tudo que a cerca. 


  No ano de 2003, um professor baiano apaixonado pelo livro Os sertões, de Euclides da Cunha, decide conhecer a famosa região de Canudos (Belo Monte, segundo os conselheiristas) a fim de escrever seu próprio livro. Em sua jornada, ele terá a companhia do francês Dominique e do poeta Alex. Juntos, 106 anos após a quarta batalha entre sertanejos e soldados republicanos, e o extermínio dos seguidores de Antonio Conselheiro, eles partem para uma viagem no tempo.


Ao chegar à cidade atual de Canudos, o primeiro sentimento é de espanto cultural. O comércio é informal, as pessoas são extremamente simples e amistosas, e tudo gira em torno do mito de Antonio Conselheiro. Com o passar dos dias, o doutor começa a encantar-se com as informações que recebe dos sertanejos principalmente, as conseguidas nos bate-papos com seu Ozébio, de 80 anos, um conhecedor misterioso e profundo de todos os detalhes do conflito.


Com uma narrativa surpreendente, ao reproduzir passagens de Os sertões em seus diálogos, O pêndulo de Euclides provoca uma reflexão sobre o que realmente aconteceu no sertão nordestino no fim do século 19. Uma aula sobre as pessoas que lutaram e o cotidiano de suas vidas sob a tutela de Antônio Conselheiro.


O AUTOR

Aleilton Fonseca nasceu na cidade de Firmino Alves, Bahia, em 1959, e reside em Salvador. É graduado em Letras pela Universidade Federal da Bahia, com mestrado pela Universidade Federal da Paraíba e doutorado pela Universidade de São Paulo. Foi professor na Université d'Artois, na França, em 2003. Leciona Literatura na graduação e na pós-graduação da Universidade Estadual de Feira de Santana, com pesquisa sobre literatura e imagens urbanas. Escreve ficção, poesia e ensaio, tendo 12 livros publicados, dentre eles, Nhô Guimarães (Bertrand Brasil, 2006). Recentemente participou do livro de contos Todas as guerras (Bertrand Brasil, 2009).