Cultura

CHEFE AGECOM DEFENDE COMUNICAÇÃO COMO AGENTE DE POLÍTICAS PÚBLICAS

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| 08/10/2009 às 11:27
Chefe da Agecom, Robinson Almeida, no café da manhã no Fiesta com comunicadores
Foto: BJÁ
  Durante café da manhã com jornalistas, radialistas, publicitários e dirigentes de entidades vinculadas a Comunicação nesta manhã de quinta-feira, 8, no Fiesta Hotel, o chefe da Agência de Comunicação do Governo do Estado, Robinson Almeida, destacou o pioneirismo da Bahia em se preparar para a Conferência Nacional de Comunicação que acontecerá em Brasília, no final deste mês, e disse que não vê a Agecom apenas como um cliente do mercado, mas, "como um aliado que pode promover políticas públicas neste segmento, uma produtora que se relaciona com todos".

  Na opinião de Robinson, até o ano passado, quando promoveu a 1ª Conferência de Comunicação Social da Bahia, esse segmento ainda era visto como um tabu, "exatamente porque não se sentava para discutir o seu papel indutor de políticas públicas". A partir da 1ª Conferência, quando trilhou todos os territórios do estado, ganhou-se velocidade nos debates de forma ampla em todos os setores da cidade e a Bahia teve a capacidade de mobilização à frente do plano nacional.

  Para Robinson, pouca gente enxerga a importância da comunicação no cotidiano das pessoas daí que ela deve ser vista como saúde, educação, segurança e outros, organizada para servir aos cidadãos com todos os seus atores do mercado participando do processo, desde a discussão, até a atualização dos procedimentos.

  "O novo momento em que o Brasil e a Bahia vivem, na atualidade, são fundamentais para a implentação desse entendimento da comunicação como partícipe dos programas e projetos de políticas públicas", comentou o chefe da Agecom.

  VISÕES

  Para o representante do mercado publicitário, Roberto Coelho, é preciso ter muita cautela com o andor porque a comunicação social no Brasil, na atualidade, é uma "sobrevivente da ditadura militar de 1964" e que conquistou um patamar de liberdade bastante representativo com a Constituição de 1988, a ponto do Parlamento ter dedicado um capítulo especial para ela.

  Entende Roberto Coelho que toda discussão é válida a respeito da comunicação como meio para construção de direitos da cidadania, sobretudo nessa era digital e onde aconteceu uma espacialidade democrática muito grande, porque, apesar de tudo, dos 20 anos de ditadura recente no Brasil, a comunicação conseguiu integrar o país.

  "Mesmo com censura, mesmo com empastelamento de jornais e garroteamento a emissoras de rádio e TV integramos o país", diz Roberto acentuando que o mercado publicitário tem contribuido para modificar a economia nacional. 

   Roberto comentou, ainda, que há, hoje, uma realidade multicultural e dinâmica expressiva na Comunicação, mais rádios comunitárias na Bahia do que todas AMs e FMs do Estado e um avanço tecnológico que permite, a cada momento, o surgimento de novas mídias. "Não há uma receita de bolo pronta e acabada para a Comunicação" daí que que ele aplaude os projetos engendrados pelos governos, mas, "ouvindo as demandas da sociedade";

  Milton Lopes, da Cipó e representante dos segmentos sociais, disse que o importante é a difusão do conhecimento com todos os cidadãos.