João Paulo é jornalista e ex-chefe da Agecom
O comentário é do jornalista João Paulo Costa
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Mesmo estando muito distante da refrega interminável em que se transformou a licitação de publicidade do atual governo - que precisa pedir empréstimo internacional para pagar fornecedores e prestadores de serviços mas bate recorde no orçamento de publicidade com um contrato superior a R$ 120 milhões num ano (recorde na administração pública baiana e basta consultar os relatórios do Tribunal de Contas do Estado para verificar isso) - e sem querer reproduzir as acusações postadas em vários e-mails que circulam no meio publicitário, gostaria de, a bem da verdade, dizer que havia sim um "doido" que ia ao Jornal A Tarde criticar a publicidade governamental da Bahia no governo passado.
O nome dele é Sidônio Palmeira.
Ele falava de um suposto "direcionamento" das contas do governo passado em prol de agências que faziam as campanhas do partido que vencia as eleições.
Porém, o munda dá voltas, Jacques Wagner foi eleito em 2006, e as duas agências que trabalharam na campanha - Leiaute e Tempo - "venceram" a primeira licitação do novo governo. E, por mera coincidência, foram vitoriosas também na segunda licitação - essa mesmo, que foi parar na Justiça com grande troca de acusações entre a várias agências.
Por sinal, o "doido" de ontem, por mera coincidência também, foi colega de faculdade de Engenharia Elétrica de um
capporegime do atual governo. Figura emplumada que, por sinal, tive o prazer de conhecer no escritório da Leiaute em novembro de 2006, antes do anúncio do secretariado do atual governo e muito, muito antes da primeira licitação de publicidade do atual governo.
Era o período do chamado "governo de transição", quando as pessoas mostravam um verniz de civilidade que, provavelmente, a proximidade com o poder retirou.
Aliás, se formos olhar a fundo o processo licitatório de publicidade do atual governo, ninguém pode cantar de "Gallo". Pois até o presidente da comissão de licitação de publicidade, um certo senhor Adriano Motta Gallo, foi afastado de suas funções por supostos desvios em sua conduta - citado que foi na operação Nêmesis- e hoje nem pregoeiro oficial do Estado pode mais ser.
Pois é, vida que segue, o "doido" de ontem é o sócio de hoje.
Sócio, quero dizer, do senhor que escreveu o artigo publicado dia 30.07 em seu pestigiado site.
Infelizmente, como diz o velho ditado, o gato não olha o rabo.
Mas quanto a esse balaio de gatos (ou Gallos) eu não quero nem passar por perto.
Grande Abraço
João Paulo Costa
jornalista e ex-chefe da Agecom no governo Paulo Souto