Eric Corne apresenta em Salvador a conferência O Realismo à Distância: os realismos da pintura na França 1860, 1960. Reencontro com o Realismo no Brasil, baseada na curadoria da exposição Arte na França 1860-1960: O Realismo, que integra o Ano da França no Brasil e esteve em cartaz no MASP entre 16 de maio e 28 de junho e estreia no MARGS em 14 de julho.
A exposição conta com cem obras, metade delas do próprio acervo do MASP, a outra parte vinda do Museu Berardo, em Portugal, e de instituições francesas como o Musée d'Orsay. Arte na França 1860-1960: O Realismo tem três grandes objetivos: apresentar um panorama amplo da pintura francesa, colocar em pauta o tema e ampliar as possibilidades de leitura a partir da aproximação de coleções do Brasil, da França e de Portugal.
Além disso, ainda procura inserir a produção nacional do período no contexto da escola francesa e mostrar um breve panorama da atual produção pictórica francesa, dos anos 90 e 2000.
Para Corne, o realismo, em suas diferentes interpretações, é um fio condutor que determina uma permanência da arte na França por um século e busca uma semelhança com o real, uma coincidência entre um pensamento social e uma imersão física no mundo, que está sempre em constante reinterpretação.
Na conferência intitulada Sur place, Muriel Enjalran se baseia nos vídeos de três artistas, Justine Triet, Yaël Bartana e Caetano Dias, para explorar as relações históricas, políticas e memoriais de juventudes de três lugares diferentes: um lugar parisiense de manifestações teatrais, um estádio e uma favela. Em sua reflexão, movimentos e deslocamentos são constrangimentos que traduzem uma centena de impedimentos ligados aos contextos sociológicos e históricos desses lugares.
Sobre Eric Corne
Eric Corne foi professor da Ecole nationale supérieure d'art de Bourges (2008-2009), professor e artista-curador da Ecole supérieure des Beaux-arts de Genève (2005-2008). Participou de uma missão para a criação do Centro de Arte contemporânea de Cidade Tiradentes, em São Paulo (2005-2008) e do programa de residências deste projeto: Le Monde n'est à Personne.
Entre outras, Corne foi curador das exposições Paris Belgrade, Les affinités électives, Belgrade, Serbie (2006) ; Paisagens Obliquas, Museu Municipal de Faro, Portugal (2009). Ainda, foi membro do júri de Diplôme de l'Ecole nationale supérieure des Beaux-Arts de Paris e participou de diversas intervenções e juris nas Escolas de Belas Artes de Havre, d'Angers, de Caen e Lorient, na Universitdade de Nanterre e no Instituto de Estudos Políticos de Paris.
Sobre Muriel Enjalran
Muriel Enjalran vive e trabalha em Paris onde, desde 2006, é Diretora de Projeto da Association française de Développement dês Centres d'art. É graduada em História e em Arte Contemporânea: Conhecimento e Prática, pela Université de Paris IV, Sorbonne. Desde 2003, foi curadora de diversas exposições, entre elas, Continentes à Deriva (2009): Caetano Dias, Angela Ferreira, Bouchra Khalili e No food for visitors (2008): Julião Sarmento, Lacan's Assumption. Além disso, já foi jurada de prêmios como d'APARTE / Concours Picker, Genève (2009-2008) e FIAV, Alger (2008).