Cultura

OPINIÃO DO LEITOR: ESTUDANTE DE JORNALISMO PROTESTO CONTRA DECISÃO STF

vide
| 24/06/2009 às 15:33
Mensagem:

Salve, salve as paredes Eu, eu mesmo e um futuro ai - a história de uma profissão que perdi. Como diria Gabriel o Pensador "quem foi a pátria que lhe pariu?", tesava perguntando isso a minha conselheira, a parede, ela tem umas sacadas interessantes.

Conversar com a parede é a melhor coisa que há, mas, para quem não tiver uma parede legal, serve um cachorro, ou o travesseiro, ou até mesmo o espelho, só cuidado com a síndrome de Narciso.

Analisando a selva em que vivemos e a alcatéia que compomos, fica difícil enxergar uma companhia melhor que as oferecidas antes. Se a análise é esportiva a conclusão é simples, muito dinheiro jogado fora.
 
Pare e pense; o dinheiro pago por jogadores como Kaká e Cristiano Ronaldo daria para acabar com a fome na África - detalhe eu, Luciano Genonadio, sou apaixonado por futebol.

Analisar a política chega a ser piada de mau gosto, entretanto, quando paramos para pensar concluímos que é verdade, a política é uma putaria da porra (desculpe o termo). Exemplos? Quem pediria isso, existe uma bagatela deles espalhados por ai.

A última em 17 de junho de 2009 - gravem esta data  (foi nela que o jornalismo) deixou de ser profissão de nível superior e passou a ser considerado curso técnico, como disse o ministro Carlos Ayres Britto "bastar ter intimidade com a palavra ou olho clínico".

O ministro Gilmar Mendes ainda teve a c.p. de afirmar que a formação em jornalismo é importante para o preparo técnico dos profissionais e deve continuar nos moldes de cursos como o de culinária, moda ou costura, nos quais o diploma não é requisito básico para o exercício da profissão.

Com todo o respeito às costureiras, mande Mendes contratar uma para ser sua assessora, contrata nada.

E plagiando mais uma vez o surreal Gabriel "Filha da puta, filha da puta, filha da puta", nesse país (ler-se política) só tem filha da puta.

Agora faltando pouco mais de um ano para me formar e que meu diploma não vale mais nada, imagino que futuro eu tenho.
 
Porém, tenho a solução, é só usar o canudo como peso de papel, investir em uma forte malhação e cuidados com o corpo por que para ser jornalista agora só com o teste do sofá.

E não esqueça. Se o comando do país (ler-se políticos) é burro, o melhor mesmo é falar com as paredes. Salve, salve as paredes.

(Luciano Genonadio Silva, estudante de jornalismo, 6º semestre, por e-mail)