Cultura

MAIS DOIS LANÇAMENTOS DA EDUFBA PARA ENTENDER RELAÇÕES DA ÁFRICA/BAHIA

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| 13/06/2009 às 09:51
África Negra de Elikia M'Bokolo
Foto: Ilustração da capa

O livro África Negra: histórias e civilizações, de Elikia M'Bokolo editado pela Editora da Universidade Federal da Bahia é, sobretudo, um manual de história africana e aborda questões de história, de literatura e de lingüística, de ciências sociais e políticas, de direito e de economia. Além disso, possui uma arquitetura original, cronológica e temática, que devolve à África negra o significado global e dinâmico da sua história, revelando o interesse pelo futuro da África e sensibilidade aos problemas fundamentais do mundo contemporâneo.


No seu lançamento durante o I Seminário Áfricas: Historiografia Africana e Ensino de História que reuniu pesquisadores africanos e brasileiros, teve com o objetivo mais amplo de discutir quais são os novos caminhos da historiografia africana e o lugar da África na produção historiográfica contemporânea, assim como refletir que história da África está sendo ensinada tanto nas universidades brasileiras, quanto nas universidades africanas e quais os reflexos desse ensino no âmbito do sistema educacional brasileiro.


O TUTU DA BAHIA

Também foi lançado pela Edufba "O Tutu da Bahia" livro que aborda a história política da Bahia no período de 1838 a 1850 revelando a trajetória posterior dos indivíduos que participaram das lutas rebeldes das décadas de 1820 e de 1830, com destaque para a Sabinada. Nessa perspectiva, a obra não se limitou aos principais revolucionários. Incidiu, também, sobre os líderes intermediários e inúmeros anônimos que, na luta por seus objetivos, controlaram o poder e, depois de derrotados, diluíram-se na história e nos discursos dos períodos subseqüentes.

O livro inova na temática e na abordagem quando revela que a tranqüilidade pública, que se seguiu após a revolta, mantinha constante medo e tensão política. Os rebeldes foram derrotados, mas não a idéia de rebeldia. Daí o “grande medo”, o “tutu da Bahia” que a todos apavora e que, no fundo, nos ajuda a compreender melhor o período.