Cultura

MULHERES DE SALVADOR PLANEJAM FAZER PASSEATA DO MSN NA AV. SETE

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| 16/05/2009 às 09:27
No Rio, o Movimento dos Sem Namorados foi às ruas à procura de novos amores
Foto: Alba Valéria

A isca foi lançada pelos sites de relacionamento e os solitários, que foram pegos pela rede da internet, decidiram sair do mundo virtual e abrir o coração em plena Avenida Rio Branco, no Centro do Rio. Integrantes do Movimento dos Sem Namorados (MSN) fizeram uma passeata no início da tarde de ontem (15) para mostrar que não são apenas um rostinho bonito no monitor do computador e que estão dispostos a arriscar mais do que distantes troca de e-mails.

Em Salvador, um grupo de mulheres já planeja fazer uma passeata idêntica na Avenida Sete. 


Sem medo do rótulo de "encalhados" e munidos de faixas, cartazes e camisetas, os sem-namorados botaram o bloco na rua. Literalmente. Acompanhados pelo Cordão da Bola Preta, cerca de 200 pessoas - de acordo com a Polícia Militar - foram para rua reivindicar um contato mais íntimo, pessoal e, até quem sabe, duradouro. 


 Entre os manifestantes, estava a  professora Rita de Cássia de Sá de Almeida, de 41 anos. Ela conta que está solteira há cinco anos, e afirma que quer "voltar à ativa".

"Estou solteiríssima, completamente livre e desimpedida. Vim aproveitar o momento", frisou Rita.


Junto com a amiga Paula Sandra Ribeiro, de 56 anos, divorciada há 11 anos, que é técnica em enfermagem, seguiram animadas em passeata, levando o cartaz "Namoro já!".


"Não tenho medo de ser chamada de encalhada. Vim aqui para ver se encontro alguém. Não sei se vou arrumar namorado", disse Paula.  


VIÚVA

A fisioterapeuta Silvia Nobre, de 33 anos, segue à frente na passeata. Ela ficou viúva há dois anos e diz que esta foi uma forma divertida de mostrar que está sozinha. Ela é do Amapá, tem três filhos e já é avó. E trouxe 30 cartões com seus contatos para distribuir durante o evento.

"Para quem não sai de madrugada, nem vai sozinha para a balada, a passeata é uma forma engraçada de dizer que estamos querendo encontrar um amor. Já distribuí cinco cartões para possíveis pretendentes", contou a fisioterapeuta, que desfilou à frente do movimento.


Para a universitária Fernanda Novaes, de 21 anos, a passeata é mais uma tentativa de passar o próximo Dia dos Namorados acompanhada.


"Estou sozinha há um ano, o que é muito. Estou completamente encalhada. Estou cadastrada em sites de paquera, mas até agora não apareceu nada. O tempo é curto. Não quero passar o próximo Dia dos Namorados sozinha. Hoje tenho que sair daqui acompanhada de qualquer jeito", disse a estudante.