Cultura

CASTELO DA TORRE GANHA ARMORIAL COM 180 BRASÕES DOS 500 ANOS CARAMURU

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| 28/03/2009 às 10:15
Cristovão de Ávila durante palestra sobre 500 anos de Caramuru, no Castelo Garcia D' Ávila
Foto: Foto: BJá
  A Prefeitura de Mata de São João instalou na sexta-feira última, 27, no Castelo da Casa da Torre, em Praia do Forte, um Armorial com 180 brasões relacionados com a História da Bahia a partir da chegada ao Brasil de Diogo Álvares, o Caramuru, em solenidade que marca os 500 anos da presença do europeu no Estado.

   Além disso, o professor e historiador Cristovão de Ávila fez uma palestra sobre esse marco importante da história da Bahia revelando, também, as relações e a ancestralidade de Diogo Álvares na família brasileira do Nordeste, a partir da Casa da Torre do Morgado da família Dias D´Ávila, que dominou o Nordeste brasileiro durante 300 anos da ocupação colonial.

   Cristovão destacou as relações da família de Diogo Álvares com Mata de São João, localidade onde se encontram as ruinas (em estudos e recuperação) da Casa da Torre e funciona a Fundação Garcia D'Ávila, situando a importância de Caramuru/Catarina Paraguaçu e seus descendentes para a compreensão da história da Bahia e do Brasil.

   "Estamos neste sítio que é uma relíquia nacional (o castelo é tombado pelo IPHAN) e representou a ponta avançada, o marco inicial com seu porto, forte e guarniação militar os primórdios do comércio exterior e a frente inicial de defesa da fortaleza de Salvador", disse mostrando uma ilustração computadorizada como funcionava os sinais de alerta da Torre do Castelo repassadas paras as torres na antiga Aldeia de São João (Jacuipe), Aldeia do Espírito Santo (Abrantes), Itapuã, Rio Vermelho e Ponta do Padrão (Salvador, hoje, Forte de Santo Antonio).

   FONTE PRIMÁRIA

   Até hoje, como se sabe, não existem fontes primárias sobre a origem de Diogo Álvares, se português de Viana do Castelo, como é o mais provável, ou galego "língua", (Norte da Espanha, área próxima a Vigo e/ou La Coruña) como teria dito Pero de Campo Tourinho, donatário de Porto Seguro, em sua carta ao rei Dom João III. 

   Assim como suspeita-se do naufrágio, tornado lenda a partir da pena do frei Santa Rita Durão em seu poema épico camoniano "Caramuru", sendo mais provável que tenha sido posto na Bahia pelos franceses de Saint Malo, Noroeste da França, que, iniciam a rota pelo Atlântico e o comércio do pau-Brasil.

   MATA DE SÃO JOÃO

   O presidente da Câmara de Vereadores, Joselito Nascimento, e os vereadores Alexandre Rossi e Benedito Vieira presentes ao evento; o presidente do Instituto Genealógico da Bahia, Daniel Marback, representante do consulado de Portugal, e o presidente da Associação de Moradores do bairro da Graça, Salvador, Flávio de Paula, presentes ao evento.

   Neste domingo, às 10h, na Igreja da Graça, em Salvador, o arquiabade do Mosteirode São Bento, dom Emanuel D'Able do Amaral, celebra missa em memória do casal Diogo Álvares e Catarina Paraguaçu, fundadores da capela da Graça.