Cultura

MORTE REGINA COELI LEVA PARA INFINITO PARTE DA HISTÓRIA DO JORNALISMO

vide
| 08/02/2009 às 19:30
Regina Coeli fazia parte da geração que começou a trabalhar nos anos 1960, na Bahia
Foto: Foto: A Tarde
   A morte da jornalista Regina Coeli aos 59 anos de idade, ainda na flor da média idade para os tempos atuais, representa um choque para a geração de profissionais da imprensa que começou a trabalhar em Salvador na década de 1960.

   Regina sempre foi uma profissional inquieta, belíssima, carnavalesca, amante da cidade do Salvador e sua vida diurna e noturna, quer nas manhãs de batente na apresentação do jornal televisivo; quer numa festa de baile da atrizes, nos velhos carnavais baianos.

   Daí que sua morte, já que todos morreremos um dia, há de ser chorada e lamentada por todos nós que exercitamos essa profissão matadora, e há se ser cantada em prosa e verso, ela que era uma poetisa, hoje, diz-se poeta, e com toda sua magestade e alegria, tinha vergonha de assim apresentar-se.

   Seu corpo foi sepultado neste domingo pré-carnavalesco, no Cemitário do Campo Santo, em cortejo com marido, filhos, neto, parentes, amigos, colegas de profissão naquele passo que leva às pessoas ao infinito.

   Ressaltar a paixão de Regina pelo jornalismo é chover no molhado. Foi casada com José Vilalva Ribeiro, também jornalista, com quem teve três filhos. Atualmente era casada com João Souza Filho, seu atual companheiro. Até o último momento de sua vida, despediu-se abraçada a notícia e à profissão que tanto amou.

   PRESENTES
 
   Estiveram presentes no sepultamento de Regina o diretor-executivo de A TARDE, Sylvio Simões, diretor-geral do Grupo, Edvaldo Boaventura, o editor do Caderno 2, Adalberto Meireles, o deputado federal ACM Neto, o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Manoel Castro, e diversos médicos amigos da jornalista.


  Colegas ressaltam a paixão de Regina pela profissão e dizem que "o jornalismo perdeu sua dama". A jornalista morreu aos 59 anos na noite deste sábado, 7, no Hospital Aliança, onde estava internada tratando de um câncer.. Ela escrevia a coluna Nomes, publicada às sextas-feiras em A TARDE.  


  Jornalista desde os 16 anos, Regina trabalhou nos jornais Diário de Notícias, Jornal da Bahia e A TARDE, além das emissoras TV Bahia e TV Aratu. Também colaborou com revistas e mantinha havia 15 anos uma assessoria de imprensa que leva o seu nome.

Apaixonada pela vida e pela profissão, lutava contra um câncer há dois anos e, sem deixar se abater, trabalhou até a última terça-feira.

  Regina Coeli Pereira de Oliveira era natural de Salvador, mas viveu 15 anos no Rio de Janeiro. Era casada com João Souza Filho. Deixou três filhos, Nélson, Sérgio e Ana Virgínia; e uma neta, Caroline.