Cultura

ASSEMBLÉIA LANÇA COLEÇÃO GENTE DA BAHIA COM 5 LIVROS NA PRIMEIRA SAFRA

Vide
| 27/01/2009 às 18:50
Carybé, Gordurinha, Riachão, Guido Guerra e Mulher de Roxo os primeiros editados
Foto: Foto: BJá

  A Assembleia Legislativa lança quarta-feira, 17hh, a Coleção Gente da Bahia, mais um selo editorial que resgata e preserva a memória cultural do estado. Em linguagem acessível, escritos por isso mesmo preponderantemente por jornalistas, os livros homenageiam personalidades que marcaram a vida da Bahia, em diversos e importantes segmentos: da música à literatura, da arte popular ao folclore.
 
  Os primeiros cinco títulos são Carybé (de José de Jesus Barreto e Otto Freitas); Gordurinha (de Roberto Torres); Riachão (de Janaína Wanderley da Silva); Guido Guerra (de Luíza Torres) e Mulher de Roxo (de Patrícia Sá Moura).

   O lançamento conjunto dessas cinco primeiras obras marca o início da Coleção, que vai colocar no mercado editorial mais quatro perfis até junho - Mestre Pastinha, Reitor Edgar Santos, Dom Timóteo Amoroso Anastácio e o cineasta Roberto Pires, que este ano comemora o cinquentenário de lançamento do seu primeiro filme, Redenção. Essas obras já foram redigidas e estão sendo editadas para a primeira edição impressa. Os livros, intencionalmente, não são biografias, mas perfis autorais, o que permite maior liberdade e leveza literárias, podendo mesmo retratar apenas um período específico e significativo da vida da personalidade escolhida.

MEMÓRIA


Permeia a publicação a intenção do presidente Marcelo Nilo de resgatar a história de baianos ilustres - naturais ou aqui radicados por afeição - que as novas gerações desconhecem. Esta motivação foi acrescida da sua disposição de incentivar o trabalho de jovens escritores, oxigenando o mercado editorial da Bahia e possibilitando ao Legislativo uma aproximação maior com o meio cultural da Bahia e com a preservação da nossa memória de, na falta de melhor definição, personagens extraordinários que marcaram e ainda marcam a nossa sociedade.

O parlamentar considera bem mais do que fazer marketing a decisão que adotou de incrementar a programação editorial do parlamento, sendo mesmo um dever "do poder público" atuar naqueles segmentos onde o mercado editorial não está presente. Daí a ênfase pelo resgate de obras históricas. Fora de catálogo há décadas como aconteceu agora com o relançamento do livro O Centro da Cidade do Salvador, do professor e geógrafo Milton Santos, e buscar o inédito agora com a Coleção Gente da Bahia.


"A gênese da Coleção Gente da Bahia é a preservação da história de cidadãos baianos identificados com o que se convencionou chamar baianidade. Todos merecedores de respeito e lembrança da nossa gente", explica Marcelo Nilo, presidente da Assembleia Legislativa, no texto de apresentação presente em todos os volumes. Ali ele detalha parte das obrigações que assumiu ao chegar à presidência do Legislativo que ultrapassa as tarefas de cunho administrativo e político: "Zelar pela imagem da instituição, aproximá-la da comunidade, fomentar a cultura e trabalhar para a preservação da nossa história".


DETALHES


E é justamente nessa direção e sentido que a Assembleia colocou 28 títulos e cerca de 40 mil exemplares em circulação na Bahia nos últimos dois anos, seja através de selos próprios, seja em parcerias e convênios como o que mantém com a Academia de Letras da Bahia, Câmara Baiana do Livro, Associação Comercial, Museu Eugênio Teixeira Leal e Fundação Pedro Calmon. A disposição da Casa é de publicar em 2009 e 2010, só através da Coleção Gente da Bahia, 30 perfis de baianos.

Esta coleção teve o design gráfico e a editoração a cargo de Tamir Drummond e as fotografias usadas na capa, inclusive naquela que funciona como parte da sua identidade visual, são de Paulo Mocofaya. O trabalho deixa claro que se trata de uma coleção pela repetição nos mesmos locais dos elementos gráficos, fotos, assinatura, títulos, dorsos e numeração, mas com flexibilidade para que cada volume tenha as suas próprias características.

Além da Coleção Gente da Bahia, o programa editorial da Assembleia Legislativa tem como selos próprios o Primeira Edição, que, como se mostra explicitamente, edita livros inéditos; a Ponte da Memória, que resgata edições históricas esgotadas e, portanto, fora de circulação no mercado comercial, e o Bahia de Todos, em parceria com a Universidade Federal.